A nova tentativa de reabertura da Estrada do Colono, em área já recuperada pela vegetação no interior do Parque Nacional do Iguaçu, trouxe à tona a discussão sobre se a Unesco, braço da Organização das Nações Unidas (ONU) para a cultura e a educação, pode mesmo chegar ao ponto de cancelar um título de Patrimônio Mundial, concedido a uma paisagem natural ou de importância cultural para a humanidade.
Em 1986, a unidade que abriga as Cataratas do Iguaçu foi inscrita pela Unesco na lista de Patrimônio Mundial Natural, tendo como mote a necessidade de preservar o cenário das quedas d’água e a biodiversidade de um dos últimos remanescentes da vegetação que já cobriu grande parte da Região Sul do Brasil. Dois anos antes, o Parque Nacional Iguazú, no lado argentino, já tinha recebido a honraria, lembra Guilherme Wojciechowski no H2Foz.
Apesar de rara, a possibilidade de remoção do título, no caso de descaracterização do ambiente protegido, realmente existe. A reportagem do H2FOZ apurou que a primeira situação ocorreu em 2007, em Omã, país do Oriente Médio. Em 2009, uma paisagem alemã foi excluída da listagem. No último dia 21, a cidade inglesa de Liverpool perdeu o status, após seguidas advertências da Unesco.
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