Brasil e Paraguai começam construir acordo do faturamento da energia de Itaipu

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Reunião pode colocar fim ao impasse sobre a potência mensal a ser contratada para 2019

As chancelarias do Brasil e do Paraguai se reúnem, nesta quinta-feira (11), às 10h, na usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, no Paraná, para definir um cronograma da contratação de potência até 2022. Com esse cronograma estabelecido, Itaipu terá garantida a previsibilidade das receitas necessárias para o pagamento das suas obrigações financeiras até o fim da renegociação do Anexo C do Tratado de Itaipu, previsto para acontecer em 2023.

“A reunião deverá ser pautada no espírito da binacionalidade que rege a natureza jurídica e diplomática da empresa, mantendo o foco no cumprimento da sua missão”, diz o diretor-geral brasileiro da Itaipu, o general Joaquim Silva e Luna. A expectativa é que a reunião tenha como resultado uma relação equilibrada entre os dois sócios.

Até o momento, não há acordo entre Eletrobras e Ande sobre a potência mensal a ser contratada de Itaipu para 2019, incluindo-se os meses de janeiro, fevereiro e março. Com esse impasse, Itaipu não tem conseguido receber as receitas de energia elétrica fornecida aos dois países.

Se as altas partes não chegarem a um acordo, poderão ser afetados: (i) o pagamento dos royalties aos dois países; (ii) a dívida da construção; e (iii) a remuneração pela energia cedida pelo Paraguai ao Brasil. Apesar do impasse, Itaipu continua fornecendo energia limpa e renovável aos dois países, sem prejuízo para a sociedade brasileira e paraguaia.

Programação
Participam do encontro pela delegação brasileira, o embaixador Pedro Miguel da Costa e Silva, a embaixadora Eugênia Barthelmess, o secretário Mario Augusto Morato Pinto de Almeida e a secretária Maria Eduarda Paiva Meira de Oliveira.

Pela delegação paraguaia estarão presentes o vice-ministro de Relações Exteriores, o embaixador B. Hugo Saquier Caballero, o chefe de gabinete da Chancelaria Nacional, embaixador Ricardo Scavone, a diretora da Unidade Geral de Recursos Energéticos, a ministra Martha Moreno, o assessor do Ministério de Relações Exteriores, Alcides Jiménez, e o segundo secretário, Luis Jeronimo Sann, chefe de gabinete do vice-ministro de Relações Exteriores.

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