O deputado Ademar Traiano, presidente da Assembleia, participou hoje (11), de uma reunião com o governador Carlos Massa Ratinho Junior e a superintendente da Receita Federal da 9ª Região Fiscal, Claudia Leão, para discutir o projeto para implantar um Porto Seco em Santo Antônio do Sudoeste e facilitar o comércio entre os Estados das regiões Sul e Centro-Oeste com países como o Paraguai e a Argentina.
O encontro, no Palácio Iguaçu, do qual participaram o prefeito de Santo Antônio do Sudoeste, Ricardo Ortiña, o chefe da Casa Civil, Guto Silva e o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, discutiu a proposta de que o Porto Seco seja instalado em um terminal, um imóvel de 60 mil metros quadrados localizado a 500 metros da aduana, que pertence ao Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná). A nova unidade, como destacou Traiano “vai desafogar a movimentação dos portos secos de Foz do Iguaçu, maior da América Latina e distante quase 300 quilômetros da cidade, e de Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina”.
O presidente da Assembleia, que já foi prefeito de Santo Antônio do Sudoeste, e se empenha pessoalmente na viabilização desse projeto, enfatizou que a nova estrutura “tem potencial para absorver a ampliação do volume de cargas com a construção da Nova Ferroeste, um dos projetos logísticos mais importantes do governo Ratinho Junior, que deverá ser o segundo maior corredor ferroviário do país”.
O governador destacou que: “Geograficamente, esse projeto é importante para nós e ajudaria a consolidar o Paraná como a grande central logística da América do Sul. A região Sudoeste tem um comércio grande com a Argentina e é também uma grande produtora agrícola”.
Como a implantação do terminal esbarra em uma cláusula do Acordo de Recife, que estabelece pontos específicos para o controle de fronteira entre os países do Mercosul, Ratinho Junior levará o projeto aos Ministérios das Relações Exteriores e da Economia, além da possibilidade de apresentar ao governo da província argentina de Misiones, cuja a cidade de San Antonio faz fronteira com Santo Antônio do Sudoeste.
“O único posto autorizado pelo Mercosul para desembaraço das cargas que vêm da Argentina é pelo Porto de Seco de Foz do Iguaçu. Por isso, um trabalho diplomático seria importante para convencer os outros países com relação ao projeto”, explicou Claudia Leão. “A implantação também depende da demanda na região, que deve ser apresentada no estudo de viabilidade”.
“A implantação do Porto Seco representaria um salto de desenvolvimento ao Sudoeste do Paraná, que não tem um acesso aduaneiro facilitado ao Mercosul”, afirmou o prefeito Ricardo Ortiña. “A apresentação do projeto à Receita é um importante passo, assim como o pleito com o Ministério das Relações Exteriores. Estado e município estão defendendo essa bandeira e podem disponibilizar pessoal para que o projeto saia do papel”.
Porto Seco é um terminal alfandegário de uso público, localizado em uma zona terrestre. O local oferece serviços de desembaraço, entre postagem, movimentação de contêineres e mercadorias em geral, destinados à importação ou exportação. O local, que seria licitado para exploração privada, reúne estruturas como a Receita Federal, Polícia Federal, Ministério da Agricultura e Secretaria da Agricultura para fazer o desembaraço aduaneiro.
