Os indicadores atuais da pandemia do coronavírus (covid-19) estão próximos aos índices registrados em junho do ano passado em Foz do Iguaçu. O número diário de novos casos se assemelha aos confirmados pouco antes da disparada da doença que já infectou mais de 42,3 mil e matou quase 1,1 mil iguaçuenses. A informação tem como base um estudo da Sala de Situação em Saúde da Vigilância Epidemiológica, que o GDia teve acesso.
Nesta quarta-feira (11), foram confirmados 62 novos casos de coronavírus, totalizando 42.373 registros da doença no município desde o início da pandemia. No acumulado do mês são 422 casos e uma média de 38,36 por dia. Em junho do ano passado foram 768 casos – média de 25,6 por dia. Do total de infectados pela doença, 41.079 pessoas já estão recuperadas – 96,9%.
Dos 62 novos exames positivados para a covid-19, 22 são de mulheres e 29 de homens com idades entre seis meses e 69 anos. Todos estão em isolamento domiciliar. Do total de casos ativos em Foz do Iguaçu, 141 pessoas estão em isolamento domiciliar, com sinais e sintomas leves, e 57 estão internadas.
Foz do Iguaçu não registrou óbitos em consequência da covid-19 nas últimas 24 horas. No primeiros 11 dias do mês foram contabilizadas 19 vidas perdidas – média de 1,72 por dia. A constatação tem como base a análise dos boletins diários emitidos pela Secretaria Municipal de Saúde.
O índice de óbitos em agosto está bem acima dos números contabilizados em junho do ano passado (oito mortes no período – 0,26 por dia), mas indicam uma queda vertiginosa em relação ao pico da pandemia durante a segunda onda ocorrido em março deste ano com 237 óbitos – 7,64 por dia.
No total, Foz do Iguaçu já contabilizou 1.096 mortes pela doença desde o início da pandemia e uma taxa de letalidade de 2,59% do total de infectados. O índice, um dos mais altos do Estado, se mantém acima da média da 9ª Regional de Saúde, de 2,42% e do Paraná, que é de 2,56%. No Brasil, a taxa de letalidade é de 2,79% enquanto no mundo é de 2,12%.
Contexto
A pandemia da covid-19 iniciou no município em março de 2020 e no ano de 2021 tem-se configurado como o ano do pior cenário da pandemia, destaca o estudo. A afirmação está embasada no aumento gradativo do número de casos e mortes.
A pandemia, em relação ao número de casos, apresentou um comportamento de oscilação durante todo o seu período, geralmente as quedas registradas representavam medidas restritivas adotadas pelo município. “Nesse ano tivemos um aumento gradativo no número de casos na segunda quinzena de fevereiro que refletiu até o mês de março, sendo este caracterizado como o pior momento”.
No período citado houve um esgotamento de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), aumento no número de óbitos e o registro em um dia de 307 novos casos. Em abril se observou uma diminuição da curva de casos voltando a subir novamente em maio, reforça a apresentação do estudo.
Imunização
Foz do Iguaçu iniciou a campanha de vacinação contra a covid-19 em janeiro desse ano, impactando nos números da pandemia. A partir de maio se observa um decréscimo importante no número de casos, de 4.127 casos registrados em maio, para 1.271 em julho, queda de 70% no total de exames positivados.
A média móvel do número de casos, que em março era de 307,57, atualmente apresenta estabilidade em 37,14 casos. O mesmo comportamento se observa na média móvel dos óbitos. Em março foram registrados até 17 óbitos em 24 horas, com a média móvel de 10,29. Atualmente encontra-se em 1,54 mortes.
O cenário epidemiológico atualmente mostra também uma mudança no perfil das pessoas infectadas que tem seu quadro agravado. Atualmente as pessoas com menos de 60 anos representam a maioria dos internamentos por essa causa e respondem por 25% dos óbitos na nossa cidade.
Paralelo a essa situação, observa-se que o número de pacientes graves que demandam internamento diminuiu significativamente com registro de 56 internamentos na terça-feira (10), sendo a ocupação de 66% de leitos UTI no Hospital Municipal e 13% no Hospital Ministro Costa Cavalcanti.
Os números apresentados representam uma tendência de queda em relação a pandemia. A medida que a cobertura vacinal aumenta, o registro de casos e óbitos diminuem. A projeção é que até a segunda quinzena de outubro o município atinja a cobertura de mais de 80% da população imunizada com as duas doses da vacina.
As informações são de GDia