Campanha alerta para o diagnóstico precoce da retinopatia diabética

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Uma campanha foi lançada em Foz do Iguaçu para alertar e sensibilizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce da retinopatia diabética. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, a doença afeta quatro milhões de brasileiros e é uma das principais complicações microvasculares, podendo causar cegueira se não descoberta e tratada a tempo.

Na próxima quarta-feira (25 de agosto), às 19h, será realizado um evento on-line e gratuito com especialistas para esclarecer mais sobre a retinopatia e suas formas de tratamento. O encontro está sendo organizado pelas associações de pacientes, a ADJ Diabetes Brasil e a Associação de Diabéticos de Foz (Adifi).

Entre os convidados da live está o médico oftalmologista Abenor Moreira Minaré. Qualquer pessoa que tenha interesse no assunto poderá participar, sem custo algum. Basta acessar os links disponíveis em duas plataformas no dia do evento: facebook.com/ADJDiabetesBrasil ou youtube.com/adjdiabetesbrasil.

Quem tem diabetes sabe que disciplina é fundamental para ter mais qualidade de vida. A condição é uma doença crônica que atinge 16 milhões de brasileiros, segundo o último Atlas da Federação Internacional do Diabetes. Além dos cuidados como controle de glicemia, alimentação balanceada e prática de exercícios físicos, o que nem todo mundo sabe é que também são recomendados cuidados com a visão.

Segundo pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, de 2014, 77,2% das pessoas com diabetes tipo 2 não aderem ao tratamento no país, o que ocasiona sérias complicações, entre elas a retinopatia diabética, principal causa de cegueira em pessoas em idade produtiva.

“A doença é causada pela alteração na permeabilidade dos vasos sanguíneos da retina em decorrência da hiperglicemia de médio a longo prazo. Ela pode ser de dois tipos: a não proliferativa, forma inicial que é detectada quando os vasos do fundo do olho estão danificados, causando hemorragia e vazamento de líquido da retina, chamado de Edema Macular Diabético; e a proliferativa, que é diagnosticada quando os vasos da retina ou do nervo óptico não conseguem trazer nutrientes para o fundo do olho e por consequência, há formação de vasos anormais, que causam o sangramento” explicou o oftalmologista Abenor Minaré.

Moradora de Foz, Andreia Mota descobriu o diabetes tipo 1 na gestação em 2009. Após o nascimento do seu filho, não foi orientada pelos médicos a se tratar. Como resultado, em um dia de 2015, acordou e percebeu que não conseguia mais enxergar do olho esquerdo. “Só consegui o tratamento para os olhos em Curitiba, depois de cinco meses sem enxergar, pois não havia oftalmologista na cidade na época. Mas a demora pelo acesso ao tratamento fez com que eu não pudesse reverter o avanço da retinopatia e hoje não enxergo dos dois olhos”.

Mobilização

Desde o final de maio do ano passado, as pessoas com diabetes e os profissionais de saúde estão esperando ansiosamente pela publicação do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Retinopatia Diabética. Este estabelece critérios para o diagnóstico, o tratamento e as recomendações de condutas para profissionais de saúde no Sistema Único de Saúde (SUS).

Além do Protocolo, as organizações também estão esperando a compra dos dois medicamentos incorporados no SUS pelo Ministério da Saúde para tratar a doença. São eles o Aflibercepte, incorporado em 5 de novembro de 2019; e o Ranibizumabe, incorporado em 18 de setembro de 2020 . Ambos não foram comprados até o momento.

“Como normativa, o Ministério da Saúde tem a obrigação de dispensar no SUS os medicamentos incorporados no prazo de 180 dias, fato este que não tem sido seguido pelo Governo. Publicar a incorporação e não efetivar sua disponibilização é brincar com a esperança de quem aguarda pelo tratamento, com piora gradativa da condição, que pode se tornar irreversível sem o devido medicamento”, defendem as associações e as sociedades médicas.

100 anos de insulina

Com o intuito de sensibilizar a população brasileira sobre a importância do desenvolvimento da insulina e mostrar a evolução da tecnologia ao longo de um século, a Momento Saúde Editora lançou o livro 100 Anos de Insulina: A Descoberta Que Salva a Vida de Milhões de Pessoas. Os capítulos abordam os sintomas da diabete, a vergonha em ter a condição, as novas tecnologias, as pesquisas em prol do desenvolvimento de novas terapias e os direitos das pessoas ao buscar o tratamento adequado no SUS (Sistema Único de Saúde).

Com informações de GDia

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