Estudante nascida em Loanda, interior do Paraná, pode ser primeira brasileira astronauta

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Foto: Andressa Costa/arquivo pessoal

Nascida e criada numa pequena cidade do interior do Paraná, a jovem Andressa Costa Ojeda sempre sentiu “que pertencia a um lugar maior”. Muito maior: estudante de engenharia aeroespacial na Flórida (EUA), ela está, literalmente, em movimento rumo ao infinito. Desde criança, seu plano é ser astronauta. E, hoje, ela se prepara para conquistar o título de primeira mulher brasileira a conseguir o feito.

O desejo nasceu aos 9 anos, quando começou a olhar para o céu. “Minha mãe faleceu e os adultos me disseram que ela tinha virado uma estrela”, conta. “Fiquei com isso na cabeça, e comecei a gostar de ver as estrelas. Aos poucos, criei curiosidade e interesse em entender melhor”. O interesse fez a menina se movimentar, apesar da falta de oportunidades. Os livros de física quântica que pedia ao pai aos 11 anos – e ganhava – eram considerados por muita gente “uma fase e um desperdício de dinheiro” para uma família que não tinha muito.

Não era fase. O interesse cresceu, e, assim como sua vontade de se aprofundar na astronomia, também não encontrava muitas chances na pequena Loanda, município de pouco mais de 20 mil habitantes. Mas Andressa não ficava parada. “Mesmo não tendo as oportunidades, ia atrás de conseguir”, conta. Participava de tudo que sua escola oferecia, e, o que não tinha, tentava criar. “Abria clubes, ia falar com os diretores para a escola oferecer mais atividades”, diz. Isso não significava missão cumprida, já que muitas iniciativas iam por água abaixo por não atraírem o interesse de outros colegas. “Essas coisas me desanimavam um pouco”, conta.

Mas logo ela descobriu que, se por um lado faltavam oportunidades, por outro, não faltava apoio. Depois de tantos anos se movimentando em prol da própria formação, o empenho da jovem estudante fez reputação na cidade. Esse reconhecimento veio no terceiro ano do Ensino Médio, quando ela recebeu de uma entidade filantrópica a chance de um intercâmbio com uma escola norte-americana.

Lá, participei de competições regionais de robótica, programação, fiz estágios com astrofísicos de Harvard. Para continuar tendo essas oportunidades, decidi que queria ficar por lá mesmo.

Foi durante esse ano que ela também participou de seu primeiro treinamento na NASA, voltado a jovens. No Advanced Space Academy teve a certeza de que seu sonho não era algo passageiro.

Com o visto na mão, Andressa foi aprovada em cinco universidades norte-americanas, inclusive naquela que era sua primeira escolha. Mas a escola não tinha bolsa para estudantes internacionais, condição fundamental em toda sua formação, já que sua família não teria como arcar com os custos. Hoje, ela cursa aquela que era a segunda em sua lista, e já acha que foi melhor assim. Ouvir “não” sempre fez parte de sua vida, e ela diz que aprende muito com isso.

Com informações de Uol

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