IDESF lança em Dourados estudo sobre o mercado ilegal de agroquímicos

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 70,4 toneladas de agroquímicos ilegais nas estradas brasileiras no ano passado, 13,7% a mais do que as 61,9 toneladas apreendidas em 2019. O ranking das apreensões demonstra que Mato Grosso do Sul está em primeiro lugar no volume de agroquímicos apreendidos, com 50,7 toneladas, ou 23,6% do total.
Para mapear a evolução dos ilícitos que compõem o mercado de agroquímico ilegais o Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF) lança em Durados, nesta quarta-feira (01.09), o estudo ‘O mercado ilegal de defensivos agrícolas no Brasil’. O trabalho será lançado durante o Seminário Segurança em Fronteiras, na sede do Departamento de Operações de Fronteiras (DOF).

O estudo traz o panorama geral do mercado ilegal dos chamados pesticidas, composto por diferentes ilícitos: contrabando, falsificação, importação fraudulenta, desvio da finalidade de uso e roubo. O lançamento ocorre no momento em que a Polícia Federal deflagra a operação Ruta Negra, para desarticular a Organização Criminosa estabelecida em Santa Terezinha (PR), município vizinho a Foz do Iguaçu, especializada no contrabando de pesticidas.
Modalidade de grande peso nesse mercado de ilícito, o contrabando tem expandido suas rotas nas fronteiras brasileiras, entrando principalmente pelo Paraguai, via Mato Grosso do Sul e Paraná. Mas já é possível mapear entradas pelas fronteiras do Norte do país. Entre os produtos mais contrabandeados está o benzoato de emamectina, inseticida com rigorosas restrições no Brasil, mas que atravessa ilegalmente as fronteiras em concentrações assustadoramente superiores às permitidas pelas autoridades sanitárias brasileiras.

A pesquisa do IDESF foi realizada com base em dados coletados no Paraguai, em operações das forças de segurança brasileiras na esfera federal e também estadual. Entre elas, o Departamento de Operações de Fronteiras (DOF), da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, que registrou apreensão de quase 7,3 toneladas de agroquímicos nos dois primeiros meses de 2021, 19,1% a mais que as 5,9 toneladas apreendidas em todo o ano passado.

Este é o segundo estudo realizado pelo IDESF sobre o tema ‘defensivos agrícolas’. A primeira versão foi publicada em 2019, no documento ‘O Contrabando de Defensivos Agrícolas no Brasil’ (disponível em www.idesf.org.br). “Em dois anos, o problema se agravou e ganhou contornos ainda mais impactantes”, destaca o presidente do IDESF, Luciano Barros, acerca do novo estudo.

O dirigente destaca que com o estudo em sua segunda versão, o Instituto atende ao objetivo de despertar a atenção do poder público para uma realidade de alcance crescente e preocupante como a utilização de produtos ilegais e sem critérios nas lavouras brasileiras, um crime que traz prejuízos em todos os âmbitos e para toda a sociedade brasileira.

Sobre o IDESF – O Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF) é uma instituição civil, de direito privado, sem fins lucrativos, com sede em Foz do Iguaçu (PR), que atua como agente de desenvolvimento das fronteiras por meio de estudos, pesquisas, levantamento de dados, fortalecimento das relações políticas, sociais e econômicas e na formação de pessoas para atuar nos diferentes contextos de fronteira, a fim de contribuir para o desenvolvimento sustentável dessas regiões.

Serviço

O quê: Lançamento do estudo ‘O mercado ilegal de defensivos agrícolas no Brasil’

Quem: IDESF – Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras

Quando: 01.09.2021, 14h

Onde: Sede da DOF (PM/MS) – Rua Coronel Ponciano, 400 – Dourados e via transmissão ao vivo no canal do youtube do IDESF (www.youtube.com/idesf-instituto)

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