Gestores e especialistas apontam projetos para inclusão de crianças deficientes no Paraná

WhatsApp
Facebook

A professora doutora Maria Lucia Miyake Okumura, engenheira e pesquisadora em Tecnologia Assistiva da PUC Paraná, destacou nesta segunda-feira, 13, a importância do desenho universal de produtos para o atendimento às pessoas com deficiência. “Para que as crianças com deficiência com mobilidade reduzida possam ser incluídas, é preciso brinquedos e equipamentos adaptados para o lazer e a recreação. E é o que projetamos aqui, em parceria com as prefeituras que tenham interesse na instalação”, disse na audiência pública coordenada pelo deputado Michele Caputo (PSDB) na Assembleia Legislativa.

Antonio Dourado, chefe do Centro de Esportes da Superintendência Geral de Esportes do Paraná, detalhou as ações que estão sendo desenvolvidas na área do paradesporto. Entretanto, em relação aos parques de lazer inclusivos, avalia que ainda está se caminhando. “Nesse momento, estamos buscando proporcionar o acesso às pessoas com deficiência aos parques, embasados por quem atua nessa área e tem conhecimento de onde e como implantar”, explicou.

Diretor do Departamento de Apoio à Pessoa com Deficiência e de Políticas Públicas para Acessibilidade da Secretaria Estadual de Justiça, Família e Trabalho, Felipe Braga Côrtes, apresentou projetos em andamento de lazer acessível às pessoas com deficiência no estado. “Foram utilizados recursos do Fundo da Infância e Adolescência vinculados ao Imposto de Renda para o Banco de Projetos. Fizemos um estudo com 50 municípios do Paraná para termos equipamentos adaptados em parques destes municípios, com a ideia das prefeituras instalarem”, disse.

“Estamos em fase de captação de recursos para essa instalação. A partir da arrecadação será possível conseguir, já que não há previsão orçamentária para isso. Já temos em torno de R$ 20 mil reais, o que vem de encontro à nossa ideia dessa inclusão chegar aos municípios, especialmente aos com baixo IDH”, ressaltou.

Parques – Clecy Aparecida Grigoli Zardo, do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, disse que 90% dos parques do Paraná não possuem espaços e equipamentos para as pessoas com deficiência. Mas explicou que o simples espaço de lazer já é considerado um local para essa inclusão. “A sociedade precisa entender o processo. Nós temos muitas legislações, mas falta entendimento e elas acabam não sendo colocadas em prática. A acessibilidade precisa beneficiar as pessoas com deficiência”.

“Que possamos implantar esses parques em todos os municípios. Não podemos ficar esperando. Precisamos que eles sejam obrigatórios por lei. A grande maioria dos municípios do Paraná não possui nem conselhos para tratar do tema. São apenas 100 os que têm conselhos atuando. Estamos trabalhando para implantar esses grupos em mais locais”, completou.

Junior Weiller (MDB), prefeito de Jesuítas e presidente da Associação dos Municípios do Paraná, concordou. “Estamos muito aquém em nossos municípios, mas me comprometo a buscar junto ao Governo do Estado formas de implantar esses equipamentos nos parques dos municípios. E pretendo criar um comitê de acessibilidade aqui na AMP para discutirmos esse tema com prioridade”.

Ronaldo Machado Babiak, diretor do Departamento de Lazer da prefeitura de Curitiba, mostrou a experiência da capital, que conta com 44 brinquedos inclusivos, estando instalados nas dez regionais e em escolas. “Em 2019, atendemos a 20 escolas municipais, três escolas especiais e 16 escolas especiais conveniadas. A gente não vê dificuldade nisso”, destacou.

Mais notícias

.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *