Vizinhos rebatem pedreira interditada e afirmam que a “saúde está em risco”

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Moradores negam que interdição não inflacionou preços dos produtos e que pedreira continua trabalhando

Entidades que representam moradores próximos a Pedreira Britafoz, reagiram a informação de que o fato teria influenciado no aumento de até 40% nos custos de fornecimento de pedra brita e demais insumos. O tema pautou reportagem na edição de terça-feira (14) do GDia. De acordo com eles, a “saúde está em risco”, uma vez que a poeira que sai das pedras aumenta a possibilidade de doenças.

A empresa, interditada há dois anos por decisão judicial, afirma que produzia até 2019, 60% do produto consumido em Foz do Iguaçu. Em nota encaminhada à redação, representantes de bairros e condomínios que ficam nas proximidades dizem que a atividade de detonação de rochas, pode provocar danos à saúde.

No entanto, salientam que outras atividades, como a de britar as pedras continua sendo executada no local. Os moradores questionam a informação de que a interdição tenha a ver com o aumento nos custos dos produtos. Eles argumentam que o aumento de preço está relacionado a outros fatores.

“A elevação de preços deve-se a fatores econômicos que assolam o Brasil, notadamente elevação no preço dos combustíveis. Portanto, não existe nenhum desabastecimento da população de Foz do Iguaçu, até porque a Pedreira Britafoz, como dito, vem comercializando normalmente seus produtos”, diz a nota.

Contexto

A suspensão das atividades da Pedreira, afirmam as entidades, se deu por ordem da Justiça Federal e do Tribunal Regional Federal em Porto Alegre em Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público Federal. A medida está embasada em “irregularidade de licenças”, que seriam “tanto pelo município de Foz do Iguaçu quanto pelo Instituto Água e Terra (antigo Instituto Ambiental do Paraná)”.

Os moradores relatam ainda que, “além do próprio título autorizativo para lavra outorgado pela Agência Nacional de Mineração. Tais irregularidades ficam ainda mais em evidência em decorrência da natureza da atividade, que envolve desmonte de rocha por intermédio de explosivos, o que se dá em local extremamente próximo a diversos bairros e condomínios residenciais”.

“É fundamental esclarecer ao público que a Pedreira Britafoz em nenhum momento deixou de funcionar, pois continua britando pedras e comercializando normalmente. Em nenhum momento foi interrompida a atividade de britagem e comercialização de pedras da Pedreira Britafoz. O que a Justiça Federal proibiu foi o uso de explosivos para desmonte de rochas”, diz a nota.

A reportagem, afirmam as entidades, deixou de mencionar que a alta dos preços na construção civil é a maior em 28 anos. “Essa inflação do setor é apontada em levantamento da Fundação Getúlio Vargas que revela que, na média, os preços do segmento subiram 38,66% nos últimos 12 meses. Entre os vários itens do setor, um em especial levou os preços para cima: o aço”.

Risco de doenças

A nota conclui ressaltando que “é fundamental esclarecer a população que a presença de uma pedreira ao lado de bairros populosos está colocando em risco a saúde de todos os moradores do entorno”, dizem listando os bairros Porto Belo, Belvedere, California, KLP, Condomínios: Vila Residencial B, Porto Seguro e Solar das Palmeiras.

“(…) a POEIRA SÍLICA, gerada pela britagem das pedras, aumenta o risco de doenças autoimunes, esclerose sistêmica, artrite reumatoide, lúpus, complicações na derme, anemia hemolítica, além de vários tipos de câncer, tais como de pulmão, estômago, fígado, esôfago, pâncreas, intestino, ósseo, faríngeo, pele, cérebro e rim”.

As afirmações acerca das doenças tem como referência a OMS (Organização Mundial da Saúde) e o INCA (Instituto Nacional de Câncer), dizem. Assinam o documento os presidentes das associações dos bairros Porto Belo e K.L.P., Claiton dos Santos Duarte Costa e Nilton Noel da Rocha, respectivamente e os síndicos dos condomínios José Edson Betioli (Vila Residencial B), Flávia Duarte Alves de Quadros (Porto Seguro) e Aimar Teixeira Marinho (Solar das Palmeiras.

As informações são de GDia

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