Prefeito de Capitão Leônidas Marques, Maxuell Scapini, vai representantes as 14 cidades lindeiras em audiência com o ministro Vital do Régo Filho; prefeito Chico Brasileiro participa do encontro virtualmente
Nesta terça-feira, 21, a partir das 14h, o prefeito de Capitão Leônidas Marques, Maxuell Scapini, vai representar as 14 cidades lindeiras em audiência com o ministro Vital do Rêgo Filho, do Tribunal de Contas da União, em Brasília. Scapini reforçará as propostas da região pela tarifa diferenciada e participação de 2% na arrecadação do Parque Nacional do Iguaçu na nova concessão pretendida pelo ICMBIo e Ministério do Meio Ambiente.
O TCU analisa a nova proposta de leilão da concessão que depende do aval do tribunal para o seu lançamento. O prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, vai participar da reunião de forma virtual, porque vai coordenar à noite a primeira reunião da segunda edição do Orçamento Participativo. Acompanha a audiência de Scapini em Brasília, a deputada Luísa Canziani e o deputado Toninho Wandscheer, coordenador da bancada paranaense no Congresso Nacional.
“Uma concessão pelos próximos 30 anos deve contemplar o desenvolvimento das regiões oeste e sudoeste. Essa concessão deve pressupor, além da defesa, proteção e o uso racional do parque, projetos e incentivos compartilhados com as 14 cidades do seu entorno”, diz Chico Brasileiro.
Ao ministro Vital do Rêgo Filho, o prefeito de Capitão Leônidas Marques vai entregar carta em que os lindeiros reiteram oito propostas já apresentadas. Entre elas, a aplicação de tarifa diferenciada aos moradores da região, visitantes brasileiros e do Mercosul e a destinação de 2% da arrecadação bruta da nova concessionária na divulgação do parque.
Questão de justiça
Em artigo publicado na imprensa, a deputada Luísa Canziani defende que as iniciativas para preservação do parque precisam ser valorizadas. “Estamos trabalhando para corrigir esse erro histórico com os municípios lindeiros. E, com a renovação do contrato de concessão, temos a oportunidade – e o dever – de fazer justiça”.
“E é neste sentido que estamos trabalhando, junto à bancada federal, à presidência da Câmara dos Deputados, e nos ministérios para garantir que a população da região receba alguma contrapartida em investimentos por parte do novo concessionário do parque. Não vamos permitir que essa injustiça histórica perdure por mais vários anos e que os municípios continuem a arcar sozinhos com os impactos negativos da preservação do parque”, afirma.
O edital deve prever, segundo Luísa Canziani, que a população receba algum apoio por colaborar com a preservação ambiental. “Benefícios que podem ser revertidos, por exemplo, em infraestrutura nos municípios, como a instalação de brigadas de combate a incêndios, em programas de preservação de nascentes, melhorias nas rodovias e na construção de hospitais e escolas”.