Aeroporto de Foz do Iguaçu é destaque entre terminais do Paraná, revela estudo

WhatsApp
Facebook

Estudo inédito sobre a aviação civil comercial constatou queda de 16% em embarques nos últimos seis anos no Estado

O Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu é destaque entre os terminais das cinco principais cidades do Paraná. A estrutura apresentou evolução positiva em decolagens e embarques de passageiros e cargas. No geral, os terminais do Paraná apresentaram queda de 16% em embarques e aumento do valor das passagens. As afirmações tem como base em estudo inédito com foco na aviação civil comercial, com indicadores do intervalo temporal de 2014 a 2018.

A análise incluiu pelo menos 30 milhões de dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e levou em consideração os números dos aeroportos de Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina e Maringá. O estudo (AQUI para ver a íntegra), que tem informações detalhadas deles desde o ano 2000, foi promovido pela equipe de apoio do deputado estadual Homero Marchese, sob a coordenação do economista João Ricardo Tonin. As informações são de Ronildo Pimentel, no Gazeta Diário.

Em 2018, o Aeroporto de Foz do Iguaçu teve mais de 8,6 mil decolagens. O desempenho mostrou uma evolução consolidada em relação aos últimos anos. Em 2017 foram 8,3 mil decolagens a partir do Destino Iguaçu. Os dois anos mostraram uma recuperação vertiginosa em relação ao ano de 2016, que caiu para 7,5 mil decolagens, após alcançar 8,2 mil em 2015.

Em relação aos embarques de passageiros, o terminal iguaçuense alcançaram 1,2 milhão em 2018, contra 1,1 milhão em 2017. A partir de 2014, início do período da análise, o número de pessoas que voaram a partir de Foz do Iguaçu tem apresentado aumento estável. Naquele ano foram 900 mil embarques, subiu para um milhão em 2015, caiu novamente para 900 mil em 2016.

Em alta
O embarque de cargas no terminal de Foz do Iguaçu, em 2018, foi o maior desde 2015, aponta o estudo. Naquele ano, de acordo com a estatística, foram embarcadas 163 toneladas de cargas, passando para 174 toneladas em 2016, 179 toneladas em 2017 e chegando ao volume de 188 toneladas no ano passado.

O recorde absoluto do volume de cargas embarcadas no terminal brasileiro da Tríplice Fronteira aconteceu em 2004, com 555 toneladas de produtos e mercadorias. Em 2006, foram embarcadas 391 toneladas, o segundo melhor desempenho da série histórica a partir do ano 2000.

Em 2015, sob a gestão do ex-governador Beto Richa, o Paraná elevou de 7% a 18 a tarifa do imposto cobrado sobre Querosene de Aviação (QAV). A medida fez o consumo do produto retrair nos aeroportos do Estado.

Em Foz do Iguaçu, a curva do consumo foi positiva, em consequência do aumento no volume do embarque de cargas. Em 2018, considerando toda a série histórica, foram comercializados 34.520 metros cúbicos de QAV. De 2014 para frente, o volume cresceu 19,4%. À época haviam sido 27.826 metros cúbicos.

Em baixa
A realidade da aviação civil do Paraná é outra, se comparada aos números de Foz do Iguaçu. De 2014 a 2018, o número de decolagens domésticas e internacionais a partir dos aeroportos paranaenses caiu 16%. De acordo com levantamento, foram 57.223 decolagens no primeiro ano da análise, ante 48.051 no ano passado.

A queda no número de embarques foi acompanhada por aumento do preço das passagens. Nas 128 principais linhas dos cinco maiores aeroportos do estado (Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá e Cascavel), houve aumento da passagem ou interrupção do serviço em 103 delas (80% do total das linhas analisadas).

Para o deputado Homero Marchese, a situação pode piorar, já que outros Estados têm adotados planos para estimular a atuação das companhias áreas. Estados como Ceará, Bahia, São Paulo e Espírito Santo anunciaram cortes no ICMS do QAV.

“O Estado precisa pensar em um plano para a aviação. O fundamental é impulsionar principalmente os voos regionais. Isso passa por redução do ICMS, mas com a exigência de contrapartidas efetivas por parte das companhias”, afirma o deputado.

Mais notícias

.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *