O advogado e poeta Gilmar Cardoso, membro do Centro de Letras do Paraná e fundador da Cadeira nº 1 da Academia Mourãoense de Letras, surpreendeu à todos e durante sessão da Academia Paranaense de Letras, em sua sede no Belvedere da Praça João Cândido, no Setor Histórico da capital, anunciou que estava abdicando do direito de concorrer ao pleito em trâmite.
Concorrente para preenchimento da Cadeira nº 3, vaga com o falecimento do jurista René Ariel Dotti, a ser eleito na reunião deste 13 de outubro, Gilmar Cardoso apresentou aos acadêmicos a retirada oficial da sua candidatura. A referida cadeira tem como patrono Jesuíno Marcondes, fundador Moysés Marcondes e como ocupantes subsequentes Flávio Guimarães e Newton Carneiro.
Três autores haviam formalizado suas inscrições no prazo regimental para concorrer à sucessão de René Ariel Dotti na Academia Paranaense de Letras. Por ordem alfabética, apresentaram suas candidaturas Clémerson Merlin Clève, advogado, professor, autor de compêndios jurídicos e poeta; Gilmar Aparecido Cardoso, advogado, assessor jurídico da Assembleia Legislativa do Paraná e membro da Academia Mourãoense de Letras; e Saulo Adami, escritor catarinense, radicado há dez anos no Paraná.
Na carta protocolizada por Gilmar Cardoso, o candidato descreve que essa desistência possui a finalidade específica de contribuir com a consolidação da unidade e do consenso, virtudes sempre buscadas por parte dos confrades e confreiras que integram a secular e imortal Academia Paranaense de Letras – APL.
No texto o acadêmico frisa que a unidade é ação coletiva, que tende a um único objetivo, qual seja, o de coesão, integração e união. Gilmar Cardoso afirmou que neste sentido, conforme diligências e diálogos efetuados junto à alguns dos membros da APL, associa-se ao pensamento de unidade, tradição, respeito ao processo democrático; e declara a concordância com a tese de que a Casa deve manter a ideia sucessória como homenagem ao antecessor. No expediente, Gilmar Cardoso ainda libera do compromisso firmado com alguns a responsabilidade do voto de confiança em sua candidatura; além do que, já manifesta a intenção de pleitear a disputa pelas próximas abertas a terem vacância declarada pela presidência através da abertura de editais.
Por fim, o advogado e poeta Gilmar Cardoso frisa que na certeza indelével de que a Cadeira 3 estará para sempre em boas mãos e titularidade, eleita com o registro memorável e histórico, como da tradição dos feitos de seu magistral 3º Ocupante; peço à todos o voto, inclusive, aqueles que nos seriam destinados, para apoiamento à candidatura do Dr. Clémerson Merlin Clève, advogado e consultor em direito público, professor e jurista da mais alta estirpe, nosso candidato oficial à vaga em epígrafe, concluiu o poeta e advogado abdicante.
A Academia Paranaense de Letras, criada em 26 de setembro de 1936, segue o modelo da Academia Francesa e da Academia Brasileira de Letras, com 40 membros eleitos de forma vitalícia. No momento, são três as vagas disponíveis. Além da Cadeira n.º 3, que foi de René Dotti, estão vagas as cadeiras ocupadas ultimamente por Léo de Almeida Neves e Jeorling Cordeiro Clève.
Gilmar Cardoso parabeniza a Academia e saúda o eleito advogado,e escritor e Professor de Direito Constitucional da UFPR, Clèmerson Merlin Clève, ex procurador do Estado e da República, além de juiz eleitoral substituto do Tribunal Regional Eleitoral – TRE/PR.