Dois pesquisadores da UNILA estão na lista dos 10 mil cientistas mais influentes da América Latina

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Os pesquisadores da UNILA Fabrício Alano Pamplona e José Ricardo Cezar Salgado integram a lista dos 10 mil cientistas mais influentes da América Latina. O levantamento é realizado pela Alper-Doger Scientific Index 2021, e o ranking é uma classificação que apresenta a produtividade total e dos últimos cinco anos dos pesquisadores, considerando o número de citações recebidas pelas publicações em nível mundial, tendo como fonte o Google Acadêmico.

Estudos sobre canabinoides

Fabrício Alano Pamplona é docente colaborador da UNILA e integra o Programa de Pós-Graduação em Biociências, onde se dedica à pesquisa sobre canabinoides e uso medicinal da Cannabis. Sua formação é em Farmácia, com doutorado em Psicofarmacologia. Na UNILA, participa do grupo de pesquisa Planta Medicinais da América Latina e, em sua trajetória na área, teve importante participação como pesquisador convidado do Instituto Max Planck de Psiquiatria, na Alemanha. Nos últimos anos, Fabrício tem participado do desenvolvimento e da regulamentação do mercado de Cannabis medicinal no Brasil.

Na UNILA, atualmente ele tem se dedicado à pesquisa sobre Alzheimer, procurando atuar sempre com foco em doenças degenerativas e com grande potencial para o uso de canabinoides. Ele explica que, para o próximo ano, prevê trabalhar com estudos sobre dor e até autismo, áreas em que o farmacologista – que também integra o time do grupo de Neurologia Clínica da UNILA – tem atuado ao longo da sua trajetória de pesquisa.

O estudo sobre o uso da Cannabis para fins medicinais pode ser aplicado no tratamento de doenças como Alzheimer, fibromialgia, Parkinson, autismo e artrose. Países latino-americanos como Uruguai, Colômbia e Paraguai já têm autorização para cultivo para fins medicinais, e a Argentina está avançando nesse processo, o que pode beneficiar áreas como Neurologia, Psiquiatria e Pediatria.

Pesquisa em eletroquímica

Um dos projetos que José Ricardo Cezar Salgado – docente efetivo do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Energia e Sustentabilidade – vem desenvolvendo na UNILA visa intensificar as pesquisas sobre eletrocatalisadores para reações em células a combustível de baixa temperatura. Entre as atividades da sua pesquisa, ele explica que são preparados catalisadores – substâncias que aumentam a velocidade de uma reação –, dos quais se procura conhecer características físicas, propriedades superficiais e morfologia. Posteriormente, o pesquisador faz uma avaliação eletroquímica para conhecer a atividade eletrocatalítica do material.

Outra linha em que tem atuado é com os projetos integrados de ensino, pesquisa e extensão intitulados “Estudo de casos de pilhas e baterias”. Alguns estudantes da rede pública de Foz do Iguaçu possivelmente já tiveram contato com esse experimento, em visitas realizadas nas escolas ou no acesso desses estudantes em eventos na Universidade. O experimento consiste na atividade prática de eletroquímica utilizando pilhas da batata e do limão. Os resultados também já foram apresentados em eventos nacionais e internacionais, com publicações em revistas científicas. Além disso, três integrantes da equipe já receberam menção honrosa pelo destaque das atividades realizadas.

Desde a graduação em Química, José Ricardo sempre teve interesse por estudos e pesquisas relacionados à eletroquímica, principalmente, com os temas aplicados, como eletrólise da salmoura e células a combustível. Mas, por outro lado, lamenta sobre a dificuldade de trabalhar com pesquisa no país. Em Foz do Iguaçu, ele conta que dois estudantes de pós-graduação sob sua orientação já desenvolvem pesquisa trabalhando com reciclagem de pilhas e baterias e que podem ser utilizadas em celulares e automóveis. “A Receita Federal apreende muitas pilhas e baterias e que geralmente são produtos de contrabando. Então, temos estudado novas metodologias para tentar reciclar os componentes destes dispositivos e dar um destino ambientalmente correto para eles, evitando que sejam destinados a aterros públicos”, conta.

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