O resgate de cinco mulheres paraguaias que eram obrigadas a se prostituir na cidade de Catalunha (Espanha), levou a prisão de três em Ciudad del Este (Paraguai), suspeitos de integrar uma rede internacional de tráfico de pessoas. De acordo com as investigações da chamada operação APIA, eles atuavam a partir de uma agência de viagens.
A equipe de promotores e policiais que chegou aos suspeitos é chefiada pela procuradora delegada da unidade especializada no combate ao tráfico de pessoas, Karina Sánchez. O grupo, de acordo com a rádio La Clave, promoveu diversas batidas até chegar ao local.
Na primeira averiguação, o grupo chegou até uma residência de luxo localizada no condomínio privado Paraná Country Club, onde um homem foi preso. Na sequência eles foram até a agência de viagens denominada “Disan Travel”, no edifício Saba, no centro de Ciudad del Este. Neste local, duas mulheres foram detidas.
O grupo é suspeito de recrutar mulheres paraguaias e, com falsas promessas, enviá-las para a Espanha, onde supostamente iriam trabalhar cuidando de idosos. Ao chegar no país europeu, elas eram forçadas à prostituição. De acordo com a investigação, os presos são o casal formado por Darío Eugenio Díaz Ocampos e Bárbara Noemí Santoro de Díaz.
Os dois já haviam sido presos em 2013, por um crime semelhante. Ambos ficaram detidos por dois anos. A terceira implicada é Helga Marisa Díaz Ocampos. Nos locais das batidas foram apreendidos diversos documentos e equipamentos de informática que podem conter informações importantes para investigação fiscal.
Engodo
As paraguaias, de acordo com as investigações, foram enganados para irem à Espanha trabalhar cuidando idosos, mas foram obrigados a se prostituir e até vender drogas. A polícia espanhola conseguiu libertá-las e deteve outro compatriota, que aparece como o suposto líder da rede de tráfico de seres humanos.
O esquema contava com a colaboração da agência de viagens de Ciudad del Este, na qual as mulheres foram transferidas de avião para Barcelona, com escala anterior na França. A mesma agência se encarregou de orientar as mulheres e recebia 2.000 euros para realizar os procedimentos de fronteira e de entrada em território europeu.
As pessoas eram levadas para Amposta (Espanha), onde descobriram que eram vítimas de uma fraude e que não havia oferta de emprego. No local eram informadas da existência de uma dívida pelo custo das passagens e do dinheiro anteriormente entregue.
As informações são de GDia
Foto: Édgar Medina/Última Hora