Dois dias após o forte temporal que atingiu o Oeste na tarde de sábado (23), moradores e empresários de Foz do Iguaçu ainda contabilizam os prejuízos e trabalham em diversos reparos. O vendaval, que atingiu quase 80 km/h destelhou 600 imóveis na cidade, derrubou em torno de 100 árvores e quebrou vários postes da rede elétrica.
Um dos locais mais atingidos foi à sede da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), localizada no bairro Jardim Universitário. O telhado dos blocos da instituição foram arrancados e ficaram espalhados pelo gramado do campus. Portas e janelas de vidro foram quebradas e muitos documentos acabaram sendo danificados. O valor total dos danos ainda está sendo calculado pela reitoria.
Três escolas municipais e três Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) também sofreram estragos e precisaram suspender o atendimento aos alunos na segunda-feira (25). Outros locais ficaram sem luz e sem abastecimento de água para receber o público.
Dentre os espaços mais atingidos estão às escolas Susana Bálen, no Jardim California; Ceres Ferrantes, no Parque Três Fronteiras; e Gabriela Mistral, que funciona na Unioeste. A Secretaria de Educação e a Prefeitura Municipal estão trabalhando para definir as obras de reparo necessárias.
De acordo com a Defesa Civil, dezenas de pessoas precisaram de auxílio. Ao todo, foram utilizados mais de dez rolos de lonas plásticas. Duas famílias tiveram as residências alagadas e precisaram ser removidas pela Assistência Social a abrigos até que os danos possam ser minimizados.
Equipes trabalharam durante todo o dia de ontem para remover árvores de vias públicas e telhados. Além dos estragos, uma pessoa também acabou morrendo vítima de uma descarga elétrica provocada por um fio de alta tensão rompido, em uma residência no bairro Cidade Nova. A Copel lamentou o ocorrido e pediu que os moradores tomem cuidado em situações semelhantes e não tentem realizar concertos.
O prefeito Chico Brasileiro reuniu-se com a coordenação da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Segurança Pública para fazer o balanço das ocorrências e atendimentos prestados à população. O levantamento apontará a necessidade ou não de uma intervenção maior.
“Logo após os eventos climáticos, houve uma grande mobilização do poder público para diminuir os impactos. Infelizmente houve o destelhamento de algumas residências e queda de árvores. Os trabalhos para reparar os danos e restabelecer a normalidade seguem atuando com o apoio de diversos órgãos”, comentou o prefeito.
Abastecimento de água e energia
Centenas de postes da rede elétrica e até torres de energia cederam com a força do vento. Somente na Avenida Tarquínio Joslin dos Santos, 21 pilares desabaram simultaneamente. Os fios rompidos deixaram mais de 30 mil unidades consumidoras sem luz.
As equipes da Copel trabalharam desde domingo para restabelecer os padrões, mas ainda há muitos reparos a serem feitos. Conforme o último boletim divulgado pela companhia, pelo menos 2,3 mil imóveis ainda permaneciam sem energia até o final da tarde de ontem (25) e sem previsão de normalização.
O desligamento de uma estação da Sanepar na Vila C, uma das principais de Foz, afetou o abastecimento de água para cerca de 70% da cidade logo após o temporal. Depois de vários reparos a situação foi normalizada na tarde de segunda-feira. Problemas podem ser informados pelo Serviço de Atendimento ao Cliente no telefone 0800 200 0115.
No estado
O temporal deixou estragos em muitas regiões do Paraná. Os ventos de mais de 70 km/h causaram um óbito, 154 desalojamentos e deixaram mais de três mil casas danificadas. Também foram mais de 900 postes derrubados e 7.300 emergências atendidas até ontem.
Segundo a Defesa Civil, as regiões mais afetadas foram Oeste e Noroeste. No final de semana foram enviadas 200 telhas e 44 bobinas de lona, e hoje já estão sendo enviadas mais 3.500 telhas para atender a municípios afetados, além de 200 bobinas de lona que darão atendimento emergencial.
As informações são de GDIa