Plano de migração, que prevê a transferência de quase 150 empregados, começa em julho e deverá ser concluído até janeiro de 2020
Até 2024, ou seja, dentro de cinco anos, a usina de Itaipu deverá ter uma economia de aproximadamente R$ 7 milhões com o enxugamento do escritório de Curitiba e, por consequência, a transferência de quase 150 empregados da capital paranaense para Foz do Iguaçu.
Os dados foram apresentados nesta sexta-feira (30) pela secretária executiva da Diretoria-Geral Brasileira, Rosimeri Fauth Ramadas Martins, aos diretores brasileiros da Itaipu, durante reunião de Diretoria. Rosimeri é a coordenadora do plano de migração, que prevê, entre outras medidas, o estudo de realocação de atividades da Responsabilidade Social, Mobilidade Elétrica e Energias Renováveis.
Itaipu manterá em Curitiba apenas uma unidade de representação, a exemplo do que ocorre em Brasília (DF). A medida de austeridade adotada pelo general Joaquim Silva e Luna dá um recado importante à sociedade, já que o comando da usina está em Foz do Iguaçu, onde os próprios diretores estão lotados. Silva e Luna é o primeiro diretor-geral brasileiro no cargo a fixar residência na cidade.
Otimização de estruturas
Mesmo com o impacto inicial de 13% na folha para os empregados transferidos a Foz, previstos como adicional de fronteira, já no primeiro ano da transferência Itaipu fará uma economia de R$ 500 mil. No segundo ano, em 2021, a economia acumulada subirá para 2,5 milhões. Em 2022, esse valor irá para R$ 4,2 milhões; em 2023, salta para R$ 5,7 milhões; e, em 2024, a economia acumulada em todos esses anos chegará a R$ 7 milhões.
De acordo com o plano de migração, as atividades de sombreamento e duplicidade, isto é, que existem em Foz do Iguaçu e em Curitiba, serão revistas, para otimizar estruturas e processos e propiciar melhor aproveitamento das equipes.
Os empregados atualmente lotados em Curitiba e suas respectivas funções deverão ser realocados em Foz do Iguaçu, preferencialmente, pela diretoria de origem.
Premissas
De acordo com a Resolução da Diretoria Executiva, a transferência de pessoal entre áreas, quando necessária, será facilitada, em proveito do interesse empresarial e profissional, considerando-se a formação e as competências dos empregados.
O apoio para as transferências será dado pela Superintendência de Serviços Gerais, que buscará instalações, mesmo que provisórias, a cada empregado ou equipe, à medida que forem transferidos para os escritórios de Foz do Iguaçu. Os casos excepcionais que envolvam o Programa Permanente de Desligamento Voluntário (PPDV) serão analisados individualmente pelo Grupo de Trabalho responsável pelo processo de migração.
Até janeiro
A migração começa em julho e será concluída em 31 de janeiro de 2020. Ela poderá ser gradual, atendendo às necessidades dos empregados, mas sempre condicionada à preservação dos processos e atividades, tendo em vista o interesse empresarial.
Fotos: Kiko Sierich/Itaipu Binacional
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,6 bilhões de MWh.
Em 2016, a usina brasileira e paraguaia retomou o recorde mundial anual de geração de energia, com a marca de 103.098.366 MWh.
Em 2018, a hidrelétrica foi responsável pelo abastecimento de 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 90% do Paraguai.