Estados e municípios poderiam usar os recursos previstos na redução da alíquota dos impostos em construção de escola, creche e pavimentação. Diz governador
“Vão quebrar todos os estados, vão quebrar todas as prefeituras”, disse o governador Ratinho Junior (PSD) na sexta-feira, 27, em Foz do Iguaçu, a respeito do projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados que prevê a redução da alíquota do ICMS de combustíveis, transportes, energia e telecomunicações para 17%.”São R$ 6,3 bilhões que o Paraná vai perder e não vai resolver o problema da gasolina. Os municípios paranaenses vão perder 1,8 bilhão”.
“Estão mentindo para a população. É mentira. Isto é coisa de político que não está fazendo as coisas com seriedade”, afirmou Ratinho Junior que credita a iniciativa ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), informou o GDia
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Na entrevista à Rádio Cultura, o governador disse também que estados e municípios poderiam usar os recursos previstos na redução da alíquota dos impostos na reforma e construção de escola, creche e pavimentação. “E não vai resolver o problema do combustível. O problema do combustível se chama petróleo e dólar. Enquanto o petróleo subir e o dólar estiver nas alturas, vai subir o combustível”.
Ratinho Junior observou que mesmo com a mudança na presidência da Petrobras (Caio Mário Paes de Andrade no lugar de José Mauro Ferreira Coelho) não vai resolver também a alta dos combustíveis. “Faz cinco dias (do anúncio da troca na estatal) e já falou que vão aumentar o diesel de novo. Estão mentindo para a população. O Congresso não tem competência para fazer uma reforma tributária decente e vive sendo, infelizmente, um Congresso dos improvisos”.
Subsídio
O presidente Jair Bolsonaro (PL), avaliou o governador, tirou o PIS e Cofins da gasolina que subiu 40% e não resolveu em nada. “Não vai resolver. Hoje o petróleo está em US$ 113 o barril, há cinco meses estava US$ 60 dólares. Com o dólar a R$ 5 também não iria resolver”.
A guerra da Rússia com a Ucrânia, segundo Ratinho Junior, contribui com aumento dos combustíveis e de uma série de produtos. “A Rússia é um dos maiores fornecedores de petróleo e de gás do mundo. É um grande problema e um momento difícil”. “
Talvez se o governo (federal) criasse um subsidio para taxar o petróleo em um teto até a guerra parar. Se está tendo guerra, estamos em um momento anormal e se é um momento anormal, não podemos tratar como normal. Acredito que o governo federal tem que buscar criar subsídios”, defendeu
Foto: Rádio Cultura Foz