Na missa de domingo, 10, na matriz São João Batista, foi distribuída uma cartilha preparada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB -, com orientações aos católicos para votar de forma criteriosa nas eleições de outubro deste ano.
No próximo sábado, dia 16, a arquidiocese de Foz do Iguaçu fará a apresentação da cartilha, no encontro “Política à luz da Fé”, com a presença do bispo Dom Sérgio de Deus Borges. O encontro será na paróquia Nossa Senhora Rosa Mística, das 14h às 16h, com participação do juiz eleitoral Dr. Ariel Nicolai e do professor Paulo Batista. O evento é aberto para toda a sociedade.
Na elaboração do documento de orientação a católicos “e outras pessoas de boa vontade”, a CNBB instou os brasileiros a votar bem, para que sejam encontrados “os melhores caminhos para colaborar na construção de um Brasil justo, fraterno e solidário”.
Vários pontos merecem atenção especial do eleitor que quer, de fato, um Brasil melhor para todos e todas, por isso é preciso conhecer bem os candidatos em que se vai votar, suas propostas, sua vida pregressa, como pensam e como agem.
A CNBB lembra que, hoje, o Brasil chora mais de 670 mil mortes por covid-19, muitas das quais poderiam ter sido evitadas, mas a situação foi agravada pela insensibilidade e incompetência de autoridades.
A par de problemas sociais, que mantêm no desemprego milhões de brasileiros e deixam o custo de vida nas alturas, levando também milhões de brasileiros à fome e à miséria, os bispos também pedem para não serem esquecidas as questões ambientais, fundamentais ao equilíbrio da natureza, cada vez mais deteriorado pelo avanço do garimpo ilegal e do agronegócio sobre terras indígenas.
Clima de ódio
Escolher bem os candidatos é contribuir para amenizar o clima de ódio na política que se criou no Brasil, e que tornou cada mais comum o ataque aos direitos humanos e das minorias, aumentou o fundamentalismo religioso, a intolerância, o racismo, a xenofobia, o machismo, a homofobia e outras formas de preconceito, muitas vezes traduzidos em ações violentas, como o feminicídio e, mais recentemente, o ataque por motivos políticos.
A orientação aos católicocos e pessoas de bem é que se preocupem com a Causa Comum, a defesa da vida desde a concepção até a morte, com a segurança e os direitos humanos, a economia a serviço da vida, a defesa da democracia, o compromisso com a verdade e honestidade como presuposto.
Para combater a violência e aumentar a segurança pública, os agentes do Estado não podem reagir ainda com mais violência ou de forma criminosa, evidenciada em discursos favoráveis à tortura, ao linchamento, à pena de morte, à prisão perpétua e ao armamento.
Outro aspecto importante é que não basta se contentar com a promessa de honestidade por parte de quem quer se eleger, mas conhecer sua conduta moral e inquirir se esta pessoa sabe a função e os limites do cargo ao qual se candidata.