Por Gilmar Cardoso
A ideia de tornar o 13 de julho em Dia Mundial do Rock veio de Phil Collins, como uma forma de imortalizar a dimensão e o êxito do evento realizado em 1985 – a partir de 1987 a sugestão foi tornada em celebração oficial.
“A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte. A gente não quer só comida, a gente quer saída para qualquer parte!” – (Titãs).
Nestes dias que antecedem o 13 de julho vamos abordar uma curiosidade sobre a data comemorativa do Dia Mundial do Rock, que apesar de ter “mundial” no nome, não é uma festa celebrada em outros países fora do nosso.
Apesar da origem datar de 1985, o dia só começou a ser comemorado no Brasil durante a década de 90, e por aqui ficou, ainda que sem eventos em nenhum outro lugar do globo. Efetivamente, o dia 13 de julho de 1985 marca a realização do Live Aid, festival beneficente de música que aconteceu simultaneamente nos Estados Unidos e no Reino Unido. Organizado por Bob Geldof, o evento tinha o objetivo de levantar fundos para o combate à fome em países da África.
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Transmitido pela Televisão em diversar partes do mundo, o festival contou com mais de 1,5 bilhão de espectadores.
Os palcos ficavam no estádio de Wembley, em Londres, Inglaterra, e no estádio John Kennedy, na Filadélfia, Estados Unidos. As apresentações foram transmitidas pela TV para o mundo todo. Entre os artistas que tocaram no Live Aid, estiveram Queen, em apresentação histórica e memorável; Elton John, David Bowie, The Who, B.B. King, Judas Priest, Madonna, Duran Duran, Bob Dylan e Black Sabbath, em reunião de formação original.
Naquela ocasião, apenas um artista conseguiu se apresentar ao vivo nos dois palcos: Phil Collins, que tocou Led Zeppelin nos Estados Unidos e com Eric Clapton na Inglaterra, entre outros artistas. E foi do baterista e vocalista do Genesis, também responsável por fazer sets solo nos dois países, que partiu a ideia de celebrar o rock em uma data específica.
Em uma de suas aparições, o músico sugeriu, despretensiosamente, que o dia 13 de julho ficasse marcado como sendo o Dia Mundial do Rock. Além de transmitida, a fala foi citada por veículos de imprensa que faziam a cobertura, porém, caiu no esquecimento – exceto no Brasil, onde foi relembrada no início da década de 90.
E, dessa forma, nasceu a data e a festa, que acabou caindo no gosto dos brasileiros e é muito lembrada até hoje pelos amantes do gênero musical – apesar de muitos não saberem que este mundial é coisa nossa, assim como a fruta da jabuticaba, por exemplo, ou o vira-lata caramelo.
A data ganhou força e repercussão a partir do apoio, incentivo e divulgação das Rádios 89 FM e 97 FM, que eram especializadas no som e ouvida pelos roqueiros.
Fora do Brasil, existem propostas para a criação de um Dia Internacional do Rock, mas que nenhuma delas tem a ver com o dia 13 de julho, com o Live Aid ou com Phil Collins.
Há três datas cogitadas e até consideradas por parte dos fãs de rock pelo mundo afora para se celebrar uma data dedicada ao gênero, por assim dizer.
A primeira é até próxima da data brasileira: 5 de julho. O motivo seria o aniversário da gravação de “That’s All Right”, composição de Arthur Crudup, por Elvis Presley e dois músicos de apoio: o guitarrista Scotty Moore e o baixista Bill Black.
A segunda opção seria o dia 9 de fevereiro, data da primeira apresentação dos Beatles nos Estados Unidos, no programa de Ed Sullivan, em 1964. Considera-se, nessa ocasião, o início da chamada “Beatlemania” e a consolidação do rock no país.
Os americanos, por sinal, têm uma terceira opção de data, voltando ao mês de julho, no dia 9. Nesse caso, a celebração teria como base a estreia do programa de TV American Bandstand, apresentado por Dick Clark, considerado um dos maiores responsáveis pela popularização do rock no país em seus primeiros anos de existência.
Entretanto, nesse 13 de julho é o nosso Dia Mundial do Rock e isso é o que realmente importa, pois, a data mexe com os roqueiros e é dia de colocar aquele solo de guitarra no volume máximo e curtir os clássicos.
Importante citar Billie Joe Armstrong para quem “os rockeiros querem ser rebeldes, mas eles não querem ofender ninguém” – e fecha o roteiro com o astro da MPB Chico Buarque ao cantar que “aqui na terra tão jogando futebol. Tem muito samba, muito choro e rock’n’roll”.
Saúdo Phil Collins, mentor desta festa, e reafirmo como Raul Seixas que – há homens que nascem póstumos -. Feliz Dia do Rock and Roll para vocês!
- Gilmar Cardoso é advogado, consultor legislativo, poeta e escritor.
Quem não adora curtir um bom rock’n’roll? Dos clássicos aos eruditos, esse estilo vem desenhando a história da música e apresentando inúmeras inovações quando o assunto é capacidade vocal, vestimentas ou uso de instrumentos de formas cada vez mais inusitadas. Contando com artistas lendários e verdadeiros ícones musicais, pode-se dizer que o rock é um dos ritmos mais respeitados e ouvidos do mundo inteiro. Os adeptos a esse estilo são lembrados até hoje mesmo por aqueles que não se consideram apreciadores de rock: The Beatles, Elvis Presley, Led Zeppelin e brasileiros como Cazuza, Renato Russo e Raul Seixas são nomes impossíveis de não conhecer. Comemore o Dia Mundial do Rock!