Transportadores anunciam paralisação contra os aumentos do diesel e pedágio

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Os transportes prometem parar a partir da próxima semana, contra os reajustes nos preços dos combustíveis e do pedágio nas rodovias do Paraguai. O movimento em nível nacional foi confirmado nesta quarta-feira (20) por Humberto Rodas, representando a Câmara Paraguaia de Transporte Internacional. Aproximadamente dois mil agentes estão envolvidos em operações conjuntas na fronteira com o Brasil.

A situação do setor com os reajustes, segundo Rodas, é insustentável. “O aumento do combustível é o principal fator e não recebemos nenhuma resposta”, disse o líder dos transportadores, em entrevista ao Última Hora. “Queremos também entrar no pacote isenção do IVA (Imposto sobre Valor Agregado). Analisamos todos os cenários e com esse aumento a paralisação é inevitável”. As informações são de GDia

Rodas ressaltou que as negociações continuam abertas com as autoridades governamentais para encontrar uma solução, mas que de momento a decisão pela paralisação continua firme. A greve, que deve começar na próxima semana, será por tempo indeterminado e realizada por empresas de transporte de curta, média e longa distância.

A iniciativa, de acordo com declarações do líder do setor, também contaria com o apoio de alguns sindicatos de caminhoneiros, além da população em geral, sendo que o aumento dos preços dos combustíveis atinge todos os segmentos da economia. “Tivemos duas reuniões com o presidente da Petropar (Denis Lichi), mas não obtivemos a resposta que queríamos”.

“Não há interesse político aqui (no Paraguai). Estamos falando de três mil a a três mil e meio de pessoas que trabalham no setor e são afetadas. Vamos torcer para que nos chamem, estamos abertos ao diálogo”, acrescentou. Os transportadores prometem, caso não entrem num acordo com o governo, cruzar os braços e paralisar a partir da meia noite de quarta-feira (27).

Primeira vez

Rodas lembra que tanto a Associação de Transportadores do Interior do Paraguai e a Associação de Empresas de Transporte da Central e da Cordilheira, que integram a Câmara, nunca precisaram entrar em greve. “A situação é insustentável e impossível de circular”, enfatizou. De 15 mil a 20 mil passageiros diários ficarão sem o serviço devido a medida de força, contabilizou.

“Estamos falando de 50 a 60 empresas com frota de 800 a 1.000 ônibus”, explicou Rodas. Na última terça-feira (19), o Ministério das Obras Públicas e Comunicações (MOPC) autorizou o aumento das tarifas, a partir de agosto, em três praças de pedágio.

Para os veículos leves os valores aumentarão de cinco para sete mil guaranis, caminhões e ônibus com dois eixos de 10 para 14 mil guaranis, de três eixos de 15 para 21 mil guaranis e para caminhões com mais de três eixos de 20 para 28 mil guaranis.

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