Candidata do MDB aponta a saúde e a ampliação da representação da mulher na sociedade entre as prioridades que pretende defender na Assembleia Legislativa
A psicóloga Rosa Maria (MDB) disse nesta terça-feira, 26, que vai defender as “pautas de Foz do Iguaçu e das cidades do oeste” na Assembleia Legislativa a partir de 2023. Para a candidata à deputada estadual, é necessária uma representação mais qualificada e propositiva com foco na ampliação de políticas públicas em áreas prioritárias como a saúde, educação, assistência social, turismo, meio ambiente e habitação.
“Cada um tem um perfil de atuação no espaço público. Eu trabalho com muito afinco e persevero nas causas e demandas, as quais considero muito importantes, mas de modo propositivo e na busca de soluções. Este é o perfil do meu trabalho em 30 anos de serviço público”, disse Rosa Maria que teve sua candidatura aprovada pelo MDB em convenção estadual nesta segunda-feira, 25.
No encontro, o MDB decidiu apoiar a reeleição do governador Ratinho Junior (PSD) – o mesmo partido do prefeito Chico Brasileiro -, lançou a candidatura do ex-governador Orlando Pessuti ao Senado e as chapas com 31 candidatos a deputado federal e 55 candidatos a deputado estadual.
Hospital
A prioridade do primeiro ano de mandato, segundo Rosa Maria, será resolver o impasse sobre o custeio das despesas do Hospital Municipal Padre Germano Lauck. “A prefeitura já vem trabalhando para que o Estado aumente ainda este ano o valor de repasse ao hospital, mas essa é uma situação que deve ser resolvida de forma definitiva, seja através da regionalização ou mesmo transformá-lo em um hospital universitário”, disse a ex-secretária de Saúde de Foz do Iguaçu.
Hoje, 70% das despesas são custeadas pela prefeitura, mas o hospital atende mais oito cidades do extremo-oeste e os brasileiros e paraguaios que moram na região de Ciudad del Este. “É uma situação bem típica das cidades de fronteira, que no caso de Foz do Iguaçu é a maior ainda porque temos a maior mobilidade entre as fronteiras na América do Sul”, disse.
Rosa Maria ainda considera todas as áreas do serviço público como prioritárias. “A nossa cidade e as cidades paranaenses têm ações, programas, projetos e iniciativas, referenciais no Estado, que devem ser perenes, perpassando governos e se consolidando como políticas públicas”, disse.
Mulheres
Rosa Maria disse ainda que sua candidatura representa uma conquista das mulheres. “E essa conquista é de todas que lutamos contra as barreiras e os preconceitos em busca de mais espaço na política. Esse é um momento muito importante para mim. Reafirmo meus compromissos e princípios defendidos a vida inteira, sobretudo a luta pelo fim das desigualdades. E esse é só o começo. Essa é uma candidatura nossa. Seguimos juntas”.
A questão de gênero, da representação e participação da mulher na vida pública, vai permear todo o mandato parlamentar, segundo Rosa Maria. “Mesmo com os avanços, a mulher é sub-representada nos espaços da política, nos cargos executivos, nas câmaras de vereadores, assembleias legislativas e na câmara federal. A ampliação da representação e o avanço das políticas públicas afirmativas são fundamentais para esse tratamento justo entre homens e mulheres”.
A candidata a deputada estaual inda pondera que a participação das mulheres na sociedade aumentou nas últimas cinco décadas. Hoje, além de representar 53% do eleitorado, em algumas áreas do ensino superior, a maioria se sobressai mais ainda: 71,3% das vagas nos cursos de licenciatura, 72,1% na área de saúde e bem-estar, pedagogia (92,5%), serviço social (89,9%), nutrição (841%), enfermagem (83,8%), psicologia (79,9%) e fisioterapia (78,3%).
“Mesmo com esses avanços, as mulheres ainda compõem a parcela mais empobrecida da população, sofrem uma escalada de agressão sem precedentes e ainda ocupam os postos de trabalho mais precários com os menores salários. A eleição de mais mulheres na política é muito importante nesta luta pela dignidade humana”, completa.