Principal objetivo das equipes, formada por guardas municipais com apoio da Assistência Social, proteger e orientar mulheres vítimas de violência
Quase 60 mil atendimentos foram realizados pela Patrulha Maria da Penha de Foz do Iguaçu desde que foi oficialmente instituída por lei, em 2016. O objetivo da patrulha é orientar e proteger mulheres vítimas de violência familiar e doméstica.
As equipes são formadas por guardas municipais, com apoio da Secretaria de Assistência Social, e são voltadas à segurança da mulher, com um serviço permanente e humanizado. Desde a sua criação até julho deste ano, a Patrulha Maria da Penha de Foz do Iguaçu registrou o total de 59. 559 atendimentos, de diversas naturezas.
Neste período, foram atendidas 278 mulheres vítimas de violência familiar e doméstica, em situação de vulnerabilidade. Foram registrados 188 casos de descumprimento judicial de medida protetiva, quando o agressor não respeita a ordem da justiça e volta a se aproximar da vitima. Também 782 casos nos quais guardas municipais, integrantes da patrulha, tiveram que acompanhar o agressor até o lar para a retirada de seus pertences, garantindo a segurança da mulher. E, no total, 65 agressores foram obrigados, judicialmente, a utilizar a tornozeleira eletrônica caso cheguem perto da vítima ou do local em que ela mora. Além disso, foram efetuadas 117 prisões.
Neste total de atendimentos, também estão incluídos os casos de negativa de endereço (877) quando a denunciante não se encontra mais no local de moradia registrado perante a Patrulha Maria da Penha, de recusa de atendimento (554) quando a vítima recusa registrar a denuncia ou os serviços ofertados pela Patrulha, e os casos de retorno ao lar (730) quando o companheiro da vítima volta para a casa e ela decide dar baixa no pedido de medida protetiva.
A coordenadora da Patrulha Maria da Penha, Iraci Pereira, reforça a importância dos serviços oferecidos às vitimas. “Nosso principal objetivo é fiscalizar o cumprimento das medidas protetivas, mas principalmente prevenir, no sentido da mulher ter a certeza de que tem com quem contar, e não está sozinha. Com isso, a medida protetiva se torna um dos últimos recursos, mas nosso trabalho é para que medidas contra os agressores sejam tomadas o mais rápido possível, garantindo a segurança da vítima.”
O secretário de Segurança Pública de Foz do Iguaçu, tenente-coronel Marcos Antonio Jahnke, ressalta que a Patrulha Maria da Penha tem prestado um relevante serviço no atendimento às demandas que envolvem as mulheres no município. De acordo com ele, são acompanhamentos e intervenções que possibilitaram a segurança e a tranquilidade das vítimas. “Nossas equipes têm trabalhado com excelência na prevenção”.
Ainda segundo o secretário, já foi encaminhado ao chefe do executivo o projeto que transforma a Patrulha Maria da Penha em uma Coordenadoria da Secretaria Municipal de Segurança Pública. “É um importante passo de valorização aos profissionais que prestam este serviço, considerado essencial em nossa cidade”.