A saúde pública dominou o assunto desta primeira sessão de setembro, nesta quinta-feira (01/09). O que levantou o debate foi um requerimento (996/2022), de autoria do vereador Cabo Cassol (Podemos), cobrando informações sobre a realização das cirurgias bariátricas no município. O requerimento foi aprovado e será encaminhado ao Executivo, do qual fica aguardando retorno oficial.
O documento questiona: qual a fila de espera para a realização do procedimento; quantas cirurgias foram realizadas no ano de 2022; qual o custo estimado de cada cirurgia bariátrica, se existem recursos disponíveis para realização das mesmas; se houve repasses do governo do estado destinado à saúde e quais poderiam ser utilizados nessas cirurgias; se existem convênios com o governo ou estadual tendo como objeto a realização das operações e se os hospitais: Padre Germano Lauck e Ministro Costa Cavalcanti possuem conhecimento e habilitação para esse tipo de procedimento.
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“Poderíamos ter atendido essa classe que tanto sofre, não é simplesmente o problema da intervenção cirúrgica, mas outras questões que vão acarretando novos problemas de saúde. E isso vai sobrecarregando o sistema público de saúde. Precisamos e temos de atender as pessoas que necessitam de intervenção cirúrgica. Esse requerimento tem por objetivo entendermos o que está acontecendo e se for problema de recurso e vamos buscar”, explicou Cabo Cassol.
A vereadora Anice Gazzaoui (PL) questionou a recusa de credenciamento do município, quando ofertado pelo Ministério da Saúde: “O ex-prefeito à época, entre 2008 e 2010 recusou o convênio. O requerimento é de extrema importância, mas temos que saber que ainda estamos sendo penalizados por um erro anterior. Quem decide se pode abrir credenciamento ou não é o Ministério da Saúde. Então não houve outra oferta de credenciamento pelo Governo Federal. Não é o prefeito que decide se pode credenciar, mas se aceita ou não. Não é falta de dinheiro, é falta de credenciamento, não há autorização do Ministério da Saúde”, pontuou a vereadora.
O presidente Ney Patrício (PSD) já teve uma reunião de interlocução com integrantes do Conselho Municipal de Saúde (Comus), em busca de soluções para reduzir o tempo de espera das cirurgias. Na discussão do requerimento, ele ponderou: “a informação que temos é de há um credenciamento aberto em Cascavel, mas a fila é enorme. Esse trabalho é recente. O credenciamento do Ministério da saúde é lento, burocrático, depende de orçamento de um local para outro”.