Mais um retrato na longa parede que se chama saudade

WhatsApp
Facebook

* Rogério Bonato

Não lembro quando, mas foi recente: entrei pelo salão do Foz do Iguaçu Country Club e passei um olhar nas mesas, lá estavam os amigos e suas esposas celebrando. Vestiam gala.

Uns cantavam, outros dançavam, havia grupos num canto, relembrando as glórias do passado, os casos engraçados, os que chegavam e os que iam, cada qual com a sua bagagem desse delicioso passeio que é a vida.

Em verdade sonhei isso, um sonho que sempre se repete. Ao acordar dói, porque sonhos de saudades são revestidos de alegria, e ao acordarmos, de tristeza.

E dói mais ainda imaginar que hoje, as mesas daquele salão estão vazias; o palco é de apenas doces lembranças. Quase nada existe como naqueles tempos. A nostalgia sempre está em meu sonhar, ao lado dos que amei. Vamos ficando sozinhos.

Continue lendo em Almanaque Futuro

Veja também

Jovem, enfeitiçado pelo dinamismo da cidade, acabei sendo levado para perto de gente admirável. Poderia ser diferente, mas o fato é que o destino me presenteou assim, e, em muitos outros aspectos. O mais importante, considero, foi o privilégio de ter conhecido tantas pessoas maravilhosas.

Esse meu texto está localizado no início dos anos 80, quando a sociedade, dentre outras, se dividia em clubes. Havia o Floresta, um espaço para os que construíam Itaipu; o Gresfi, lugar de lazer dos militares; o Oeste Paraná e o Country. Era convidado para os eventos e nem possuía roupas apropriadas; para frequentá-los alugava o smoking; não sei se por relaxo ou displicência, levei anos até comprar o primeiro paletó. Nas ocasiões, conheci as pessoas importantes da cidade. E foi num baile de aniversário do Country que assisti, pela primeira vez, ao desfile de muitas personalidades, uma a uma, os casais, naqueles tempos quase que formalmente anunciados, igual festas de realeza; foi a primeira vez que vi Roberto e Jussara Fava. Não eram apenas lindos e sim glamourosos, em todos os sentidos. Não houve jeito de não me tornar amigo deles. Certamente foi assim para quem os conheceu.

Mais notícias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *