Fato veio a público através da autora do requerimento e superiora de Jorge Guaranho, durante depoimento prestado nesta quinta-feira (15)
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) pediu nesta sexta-feira (16), a relação dos servidores públicos escalados pela Penitenciária Federal de Catanduvas, para fazer a segurança externa do agente penal Jorge Guaranho, enquanto estava internado no Hospital Ministro Costa Cavalcani, em Foz do Iguaçu, do dia 10 de julho ao dia 10 de agosto. A Promotoria pede ainda, a escala de serviço dos agentes e as viaturas utilizadas.
De acordo com o promotor Luis Marcelo Mafra Bernardes da Silva, o fato veio a público através da autora do requerimento e superiora de Guaranho, durante depoimento prestado nesta quinta-feira (15), informa a Rádio Cultura.
Ela foi arrolada como testemunha de defesa e revelou o caso após questionamentos da acusação. A mulher do réu, também ouvida como testemunha, confirmou que pediu o aumento na segurança do marido.
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De acordo com o promotor de justiça, a servidora ouvida se referiu ao caso como “corporativismo”. Guaranho foi denunciado por homicídio duplamente qualificado pela morte do guarda municipal de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, no dia 10 de julho.
Crime
Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), o policial penal foi até o local onde o guarda municipal e tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, comemorava os 50 anos de idade com uma festa temática em homenagem ao ex-presidente Lula e ao PT.
De acordo com depoimentos e o laudo do próprio celular, Guaranho chegou ao local da festa ouvindo músicas da campanha de 2018 de Bolsonaro, que haviam sido baixadas da internet, minutos antes do carro parar em frente à porta do quiosque onde ocorria a confraternização.
Na primeira ida ao local, acompanhado da esposa e o filho de três meses, o policial penal discutiu com o aniversariante e saiu dizendo que voltaria em seguida para “matar todo mundo”. Ele retornou aproximadamente 10 minutos após e já desceu do veículo atirando, como mostram imagens do sistema interno.