As Cataratas do Iguaçu, atrativo turístico compartilhado na fronteira de Brasil e Argentina, ganhou destaque na última semana pela vazão acima de 16 milhões de litros de água por segundo. As imagens da força da natureza, que impressionaram milhares de turistas, obrigaram a interdição das passarelas da Garganta do Diabo, a maior queda do conjunto. O grande volume de águas do rio Iguaçu danificou parte da estrutura no lado argentino.
Destaca o GDia que no lado brasileiro do atrativo, que fica dentro do Parque Nacional do Iguaçu, a passarela da Garganta do Diabo permaneceu interditada por três dias. A reabertura ocorreu no sábado (15), após uma inspeção técnica, permitindo a volta do passeio completo. As Cataratas, com acesso por Foz do Iguaçu, estão abertas para visitação das 9h ás 16h.
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“As cheias no volume do rio Iguaçu não provocaram nenhum estrago na infraestrutura de visitação turística do lado brasileiro”, informa a concessionária Cataratas do Iguaçu SA. “Após vistoria técnica de engenheiros responsáveis, ainda no sábado, 15 de outubro, a Passarela das Cataratas, que dá acesso ao Mirante da Garganta do Diabo, foi reaberta e permanecerá aberta a todos”, completa a mensagem.
No lado argentino, com acesso por Puerto Iguazú, os danos ainda não foram confirmados, mas imagens de antes e depois da cheia, revelam que serão necessárias vistoria técnica e possivelmente reparos da estrutura. A imprensa do parque argentino informou nesta segunda-feira (17) que nesta semana, a equipe técnica do parque vizinho fará novas avaliações.
A intenção é aproveitar o volume menor de água no rio Iguaçu, para conseguir identificar na totalidade os danos causados pela cheia. A passarela do Circuito Superior, nas Cataratas da Argentina, tem 1.100 metros de extensão e fica praticamente toda sobre o leito do rio Iguaçu, o que a deixa exposta aos efeitos da cheia.
Prevenção
Os técnicos do Parque Nacional Iguazú Argentina removeram como prevenção, as grades da trilha e dos mirantes, conforme definido pelo protocolo operacional para os casos de aumento da vazão do rio fronteiriço. A medida, ao que tudo indica por imagens registradas em sobrevoos de helicóptero e drones, indicam que não foi o suficiente para conter o estrago na estrutura.
O chefe do Parque Nacional Iguazú, Atilioi Guzmán, disse em entrevista ao portal LaVozDeCataratas que ainda é cedo para analisar o cenário. “A água ainda está muito alta, não podemos avaliar todo o dano”, informou. Até o fechamento da edição, não havia uma previsão de data para retomada integral do passeio.