11ª Ficiências traz 138 trabalhos com ideias criativas de estudantes de três países em Foz

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Abertura foi nessa terça-feira (25), no Hotel Golden Park. Promovido por Itaipu e PTI, evento termina na sexta-feira (28)

Do impacto das redes sociais na saúde mental dos jovens à relação entre a religiosidade e a pauta LGBT+, passando por um software que ensina a jogar xadrez, vários trabalhos inovadores e criativos começaram a ser expostos na manhã desta terça-feira (25), na abertura da 11ª Feira de Inovação das Ciências e Engenharias (Ficiências), na manhã desta terça-feira (25), no Hotel Golden Park Internacional, em Foz do Iguaçu (PR).

A cerimônia marcou a volta do evento ao seu formato presencial, após dois anos de programação on-line. A promoção é da Itaipu Binacional e do Parque Tecnológico Itaipu (PTI-BR), em parceria com diversas universidades – UEL, UEM, UFFS, Unila, Unicentro e UTFPR. O evento vai até sexta-feira (28), quando acontece a cerimônia de premiação dos melhores trabalhos.

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“Vocês representam o futuro de três países: Brasil, Paraguai e Argentina. Estão na crista da onda, propondo ideias inovadoras, ou seja, sugerindo como fazer as coisas de forma diferente”, afirmou o diretor de Coordenação da Itaipu, Luiz Felipe Carbonell, lembrando que a empresa também é inovadora em suas ações, tanto na produção de energia quando no cuidado com o meio ambiente.

“Este evento faz parte da formação da educação de nossa juventude. E a educação é o ativo mais importante que temos para o desenvolvimento de uma nação”, colaborou o diretor técnico do PTI, Rafael Deitos. Segundo ele, nas dez primeiras edições da Ficiências, foram mais de 37 mil participantes, com 4.700 trabalhos inscritos e cerca de 1.300 apresentados.

Na edição de 2022, foram 138 trabalhos selecionados, com ideias inovadoras de estudantes dos ensinos fundamental, médio e técnico dos estados do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, no Brasil, além de San Cristóbal, no Paraguai, e El Dorado, na Argentina.

No total, são 21 trabalhos da área de Engenharia, 28 de Ciências Humanas, 13 de Ciências Exatas e da Terra, 27 trabalhos da área de Ciências Biológicas, 13 de Ciências Agrárias, 13 da Área da Saúde e 23 trabalhos de Ciências Sociais.

É o caso, por exemplo, do estudo de Sthefany Dzindzik, 18 anos, e Fernando Inácio da Cruz Fiala, 17, do Instituto Federal do Paraná (IFPR), campus Campo Largo, que analisaram o engajamento feminino no Brasil e na Argentina. Eles avaliaram como as pautas dos coletivos Loucas de Pedra Lilás (BR), criado em 1989, e Mujeres Publicas (AR), de 2003, atuam de formas diferentes devido à realidade de cada país.

“Você vê o feminismo no Brasil mais ligado a uma pauta social, da mulher pobre e preta. Já na Argentina, é uma relação mais elitista, com demandas como os direitos reprodutivos das mulheres”, afirmou Sthefany. Apesar de cursarem o ensino técnico em Eletromecânica, ela e Fernando acham importante estudar os temas sociais. “Penso em fazer faculdade de Jornalismo”, afirmou Fernando.

No estande exatamente em frente ao deles, os alunos Pedro Barrotti, 16, e Lucas Massaru Koshita, 17, também do IFPR, mas do campus de Assis Chateaubriand, mostraram como a inteligência artificial pode estimular os jovens no ensino do xadrez. O protótipo traz um tabuleiro que, por meio de imãs e pequenos motores, movimenta as peças reais mostrando as melhores jogadas ou propondo uma partida com o praticante.

“Ele trabalha com diferentes níveis de dificuldade, para permitir que todos possam jogar”, explicou Pedro. “Temos um clube do xadrez com jogadores de vários níveis. As pessoas preferem jogar no tabuleiro real a praticar na tela do computador”, afirmou Lucas.

Além da exposição dos trabalhos, a 11ª Ficiências traz como novidade a primeira edição do Hackateens, um espaço para estudantes e professores apresentarem soluções reais, conectadas ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 4, sobre educação de qualidade. Também acontece a Ficiências Kids, que tem o objetivo de fomentar uma cultura investigativa aos alunos da educação infantil e do ensino fundamental I, de Foz do Iguaçu.

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