Morre Geraldo Lovo, o pai da cultura da maçã de Palmas-PR

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Deputado Guerra apresentou voto de pesar na Assembleia Legislativa do Estado; Município é oficialmente reconhecido como Capital Paranaense do Frio e da Maça

Morreu nesta terça-feira (8), aos 90 anos de idade, o empresário e agricultor Geraldo Lovo, o pioneiro no plantio e cultivo dos pomares de maçãs em Palmas, no Sudoeste do Paraná.

A Assembleia Legislativa aprovou, por proposição do deputado Luiz Fernando Guerra, Líder da Bancada do União Brasil, a inserção na ata da sessão e envio de Votos de Profundo Pesar pela morte do líder comunitário, empresarial e fruticultor.

O parlamentar descreve que Geraldo Lovo era filho de Luiz e Regina Lovo, nascido aos 06 de agosto de 1932 em Passo Fundo (RS). Mudou-se para Palmas (PR) no ano de 1962 e desde então passou a atuar no ramo de móveis e outros empreendimentos, até o despertar da paixão pela fruticultura na década de 70 sendo um dos pioneiros paranaenses.

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Apesar de possuir apenas o ensino fundamental era frequentemente convidado para ministrar palestras para estudantes universitários e escolas técnicas de agronomia no Paraná e noutros Estados do país; além de recepcionar caravanas de alunos para aulas presenciais e visitação nos pomares de sua propriedade.

Filho querido e reconhecido oficialmente como Cidadão Honorário de Palmas, desde o ano de 2016, era o sócio-fundador da tradicional e pioneira empresa Móveis Lovo, iniciada por ele e Dionisio Lobo em 1965 através da Fábrica de Móveis Lovo, sucessora da Fábrica de Móveis Bom Jesus, da qual era sócio.

Sua primeira loja foi inaugurada no ano de 1970 sendo administrada pela esposa de Geraldo, Celita Fronsati Lovo, que denomina um dos pavilhões do Parque de Exposições. Atualmente atuam em cinco municípios nos Estados do Paraná e Santa Catarina.

De seu primeiro casamento, teve cinco filhos: Carlos, Maise, Jose Eduardo (in memoriam), Evandro e Ricardo. Após o falecimento da D. Celita em trágico acidente na década de 1990, casou com Dilma Regina Andrade Sampaio, com quem convivia atualmente.

Ele foi membro fundador e conselheiro da primeira faculdade do sudoeste do Estado, a FAFI de Palmas. Um dos mais antigos membros filiados ao Lions Club de Palmas, do qual foi também seu Presidente. Considerava os companheiros-leões como sendo integrantes de sua família e tinha o clube e seu voluntariado social como um instrumento para a prática do bem comunitariamente.

Ex-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Palmas – ACIPA, também é referência dentre os produtores de maçãs no município, onde é o mais antigo a atuar neste ramo da agricultura. Geraldo Lovo contava como conheceu e se encantou pelo fruto, em 1978, quando ganhou uma amostra durante a visita à Palmas do ex-governador Parigot de Souza.

“Nesta ocasião, a visita do governador era a respeito da energia elétrica e o Iapar, já tinha aqui um experimento sobre maçã e o (professor) Antonio Bomkeler, que era o encarregado do órgão, preparou 100 caixinhas de maçãs e distribuiu para os visitantes”, revelou.

Segundo Geraldo Lovo, uma destas caixas acabou em suas mãos. “Achei bonito aquilo, uma maravilha Palmas produzir maçã de tão boa qualidade. Isto foi um incentivo para mim e logo procuramos formar um pomar”, disse. Sem conhecer quase nada, o produtor revelou que o primeiro passo foi procurar um técnico.

“Foi uma dificuldade, mas conseguimos produzir maçã de boa qualidade. Tudo era favorável, por que era uma novidade”. No começo, eram oito hectares e meio de cultivo. Atualmente, o agora saudoso e eterno GERALDO LOVO possuía pomares de maçãs espalhados em oitenta hectares. De acordo com o produtor, a previsão do tempo é fundamental para garantir uma boa produtividade, ensinava.

“Compartilho da emoção do amigo comum e jornalista Cidenei Cristian Allebrandt (A Folha do Sudoeste), que descreve o orgulho de tê-lo conhecido e do exemplo de fé e vida a ser seguido; GERALDO LOVO não passou a vida apenas colhendo frutos para si e para os seus, mas, usou cada semente de sua sabedoria para implantar novos caminhos para nossa querida Palmas, afirma. Nem tudo em sua vida foi obstáculo facilmente vencido, mas ele nunca se entregou. Era um homem de luta, de coragem, de justiça e que combateu o bom combate. Um cidadão honrado e exemplar, que deixará o rastro de luz e a inspiração para os que tiveram o privilégio de desfrutar de sua convivência fraterna”, destacou Guerra.

Um de seus ensinamentos era que o segredo da vida e do sucesso está em fazer o diferente. Convidado por diversas vezes, nunca aceitou o encargo de filiar-se à um partido político e disputar mandatos eletivos.

Receba em nome da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná p- ALEP, a nossa homenagem póstuma e a gratidão pela vida reta e exemplar que foi portador juntamente com as boas lições que semeou e continuarão, à exemplo das maças, à produzir frutos em nosso meio, descreve a justificativa da proposição em homenagem póstuma.

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