COP 27: Itaipu mostra ações práticas em água, energia e clima no Pavilhão Brasil

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Foto: Lígia Leite Soares/Itaipu Binacional

Empresa participou de debates sobre a Agenda 2030 e Energias Renováveis nesta quinta (10), na Conferência Mundial do Clima em Sharm El-Sheik (Egito)

Alinhada com o que preconiza a Organização das Nações Unidas (ONU) para a Conferência Mundial do Clima (COP 27), a Itaipu Binacional apresentou nesta quinta-feira (10), em dois debates realizados no Pavilhão Brasil, ações efetivas para o avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 6 (água potável e saneamento), 7 (energia limpa e acessível) e 13 (ação contra a mudança global do clima).

Pela manhã, o tema foi “Brasil e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: Contribuições para os ODS 6, 7 e 13”. A representante da Itaipu, Lígia Leite Soares, explicou como ações integradas em água e energia repercutem positivamente em várias das metas da Agenda 2030.

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“Os ODS 6 e 7 desempenham um papel central na Agenda 2030, contribuindo com diversos objetivos, incluindo o enfrentamento da mudança climática. E como água e energia estão também no centro do negócio da Itaipu, a empresa desenvolve ações relacionadas a todos os ODS em sua área de influência”, afirmou.

A partir dessa experiência, a Itaipu promoveu, em conjunto com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), um projeto de territorialização dos ODS, que permite aos municípios terem uma radiografia das metas da Agenda 2030, facilitando a elaboração de políticas públicas para anteder às principais demandas locais nos campos social, ambiental e econômico.

“Esse projeto evidencia o compromisso da Itaipu com o ODS 17 (parcerias e meios de implementação)”, afirmou Lígia. “Para as empresas, especialmente as de grande porte e que promovem mudanças nos territórios em que se instalam, a Agenda 2030 representa não só uma importante ferramenta para o planejamento das ações, mas também uma matriz de análise de riscos, em que qualquer inconformidade deve ser vista como uma ameaça à sustentabilidade do negócio”, completou.

Ela destacou também a parceria da Itaipu com o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (Undesa) que resultou na Rede Global de Soluções Sustentáveis em Água e Energia. Os estudos de caso contendo as contribuições da binacional a cada ODS estão disponíveis no site da empresa e da parceria.

O painel contou com a participação do secretário especial de Articulação Social na Secretaria de Governo (SeGov), Marcos de Araújo, e a coordenadora-Geral de Articulação com Organizações Internacionais na SeGov, Gabriela Antunes. A SeGov apresentou a Agenda Brasil + Sustentável, que tem como proposta priorizar metas da Agenda 2030, comunicar e facilitar o acesso a financiamento. Também funciona como um portfólio de mais de 800 iniciativas.

Foto: Daniela Luquini / Vosmar Rosa – Flickr Ministério do Meio Ambiente

Energias Renováveis

Durante a tarde, o superintendente de Gestão Ambiental da Itaipu destacou, no painel “Fontes de Energias Renováveis”, as ações voltadas à conservação da biodiversidade e a relação com a geração hidrelétrica. A preservação dos ecossistemas, com a conservação de mais de 100 mil hectares de Mata Atlântica, está diretamente ligada ao negócio da empresa, protegendo e dando longevidade ao reservatório, que hoje tem uma vida útil estimada em 184 anos. A estratégia também contribui promovendo resiliência e adaptação às mudanças climáticas.

“As ações evitam o assoreamento e a contaminação do reservatório, que é permanentemente monitorado. Para cada ano que conseguimos prolongar a vida útil, é garantia de manutenção do fornecimento de eletricidade para o Brasil e o Paraguai. Então, é um investimento que retorna para a empresa”, disse.

Foto: Daniela Luquini / Vosmar Rosa – Flickr Ministério do Meio Ambiente

O debate também contou com a participação da presidente da E+ Transição Energética, Rosana Santos, da assessora especial do Ministério do Meio Ambiente, Roberta Cox, e do consultor da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Jurandir Picanso.

Enquanto muitos países presentes na COP discutem como diminuir suas emissões, os painelistas destacaram as vantagens do Brasil de deter uma matriz limpa, com quase 80% da geração de eletricidade a partir de fontes renováveis. E a necessidade de cuidar para manter essa forte presença de energias limpas. Também sinalizou para o grande potencial do país na exploração do hidrogênio verde de forma mais barata e competitividade em relação a outros países.

O painel também destacou o papel da hidroeletricidade como fonte estável, garantindo o fornecimento de energia quando a demanda não pode ser atendida por fontes intermitentes como a solar e a eólica. E a complementariedade entre as fontes renováveis, especialmente entre as fontes hidro e eólica (o aumento da geração a partir dos ventos normalmente coincide com o período de menos chuvas nos reservatórios do Sul e do Sudeste). Os painéis podem ser acessados na íntegra no canal do Ministério do Meio Ambiente no YouTube.

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