O número de novos casos quase dobrou em uma semana e Foz do Iguaçu contabilizou 1.300 óbitos por complicações clínicas provocadas pela covid-19 (coronavírus) desde março de 2020. As informações tem como base o boletim semanal da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde divulgado nesta quarta-feira (7). No período, foram confirmados 793 exames positivados, totalizando agora 83.381 registros no município.
Destaca o GDia que a possibilidade de um novo surto de covid já chamou a atenção das autoridades sanitárias que orientam a população para manter os cuidados como uso de máscaras, evitar aglomerações, lavar as mãos com água e sabão e principalmente tomar as doses necessárias de vacina. O índice de novos infectados é o maior já registrado em um boletim semanal desde que a sistemática foi adotada em abril deste ano.
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No comparativo com o boletim da última semana (466 novos casos), Foz do Iguaçu registrou um aumento desinfetados pela doença acima de 70%. Dos 793 novos casos, 519 são mulheres e 273 homens, com idades entre cinco meses e 91 anos. Entre eles, 602 pessoas em isolamento domiciliar, 189 encerraram o período de isolamento e um paciente morreu. O número de casos ativos (doentes) subiu quase 53% em relação aos 394 do boletim do dia 30 de novembro.
O informe confirmou ainda que Foz do Iguaçu soma agora 1.300 mortes por complicações da covid. A mais recente vítima é uma mulher de 81 anos de idade, dona de casa que morreu no dia três de dezembro. O total de óbitos representa 1,56% dos 83.381 infectados pela covid desde o início da pandemia.
Nova variante e baixa procura por doses de reforço preocupa Secretaria da Saúde
A nova subvariante Ômicron BQ1 da Covid-19, o aumento de casos da doença nas últimas semanas e a baixa procura pelas doses de reforço têm preocupado a Secretaria da Saúde de Foz do Iguaçu. O alerta é para que a população busque uma das 29 Unidades Básicas de Saúde para completar o esquema vacinal. De acordo com a Vigilância Epidemiológica, 71 mil pessoas acima de 18 anos ainda não receberam a primeira dose de reforço (também chamada de 3ª dose) e 80 mil já poderiam ter recebido a segunda dose de reforço (4ª dose).
Outra grande preocupação é a baixa cobertura vacinal entre os adolescentes de 12 a 17 anos. Neste grupo, apenas 23% completou o esquema vacinal com as três doses. Entre as crianças de até 11 anos, apenas 42% recebeu a primeira dose e 29,3% as duas doses. Nesta faixa etária, o recomendado são apenas duas doses.
A secretária da Saúde Jaqueline Tontini reforça o pedido para que a população complete o esquema vacinal. “Temos visto que essa nova variante não causa casos graves em pessoas completamente vacinadas, o problema é que apenas 63% da população recebeu a primeira dose de reforço e somente 22% completou o esquema com as 4 doses. Então, nosso apelo nesse momento é para que as pessoas procurem as unidades de saúde”, orientou.
De acordo com a coordenadora do Programa de Imunização, Adriana Izuka, até o mês passado, a média era de 800 aplicações por dia em todas as unidades de saúde e agora esse número caiu para cerca de 300 aplicações/dia nas 29 UBSs. “É importante destacar que a vacina é a única forma de prevenção e proteção contra o vírus, e é preciso garantir o esquema completo para que não surjam novas ondas de disseminação do vírus”, explica.