Grupo de teatro com pacientes do CER IV em Foz encanta o público com apresentação emocionante

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Oficinas foram ministradas por meio do projeto Foz Fazendo Arte, da Fundação Cultural de Foz do Iguaçu

Nem mesmo a timidez da primeira peça impediu que os jovens atores brilhassem no palco e emocionassem a plateia. Foi justamente para falar sobre o medo que os alunos das oficinas de teatro do projeto Foz Fazendo Arte, do Centro Especializado em Reabilitação (CER IV), se apresentaram nesta sexta-feira (9).

Os pequenos apresentaram uma peça sensível, tocando em temas ambientais e alertando aos presentes sobre a necessidade de união, cuidado e respeito pelo próximo e pela natureza.

A temática possuía uma ligação direta com a proposta das oficinas realizadas ao longo do ano com crianças que possuem deficiência motora e intelectual. O que se viu no palco foi o resultado dos ensaios e também das ideias que os participantes levaram para as aulas, conforme conta o arte-educador João Victor Concer.

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“Eu cheguei com uma proposta para eles, mas a cada ensaio uma nova ideia surgia e o espaço ficava livre para a criação, o que tornava a experiência mais confortável para os alunos. Eles se dedicaram muito para que isso acontecesse”, contou.

Luz Pereira, 13 anos, encarou o receio e não deixou a vergonha impedi-la de estar no palco. Agora, como ela mesma conta, não pensa mais em deixar o teatro. “Eu nunca pensei que ia gostar tanto de me apresentar. Ainda tenho um pouco de vergonha, mas quero continuar”.

Quem está sempre a encorajando é a mãe, Lorena Pereira, que foi assistir a apresentação da filha. “Nós viemos do Paraguai para morar em Foz, então tudo era diferente, por isso queria que a Luz pudesse se desenvolver melhor e foi isso que aconteceu. Quero que ela saiba que pode sempre conseguir mais”, celebrou a mãe.

Resultados das oficinas

As oficinas de teatro do Projeto Foz Fazendo Arte iniciaram em 2022 no CER IV. A gerente de serviços técnicos, Caroline Ribeiro, relembra que foi uma conquista muito importante para o trabalho diário de reabilitação.

“No início surgiram dúvida de como seria, mas a animação era muito maior. Contamos com a dedicação de todos, que se empenharam para que desse certo. Todas as aulas são acompanhadas pelas terapeutas e psicólogas, o que une o processo de reabilitação com a arte”, explicou.

Ao todo, são 20 alunos que integram as oficinas. “Por mais que eles adorem as aulas, alguns ainda não quebraram essa barreira da timidez, por isso fizemos uma apresentação reduzida. Mas trabalhamos para que em breve tenhamos mais participantes no palco”, detalhou o arte-educador.

Lucas Lopes é um dos exemplos que podem ser usados positivamente para os outros alunos. Emocionada, a mãe conta sobre a evolução do filho. “Desde que ele começou com o teatro nós percebemos como foi diferente. Ele fala com tanta animação que nos contagia. Sou muito grata por tudo isso que foi feito”, agradeceu.

“Ver o resultado de um projeto tão bacana é muito especial para nós. Estamos diariamente lidando com diversos programas e em momentos assim conseguimos ter a noção de como o trabalho é importante e emocionante”, completou o diretor-presidente da Fundação Cultural, Juca Rodrigues.

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