Carta de Foz do Iguaçu traz propostas ao governo Lula

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Documento considera fundamental a continuidade do pagamento dos royalties e participação da Itaipu Binacional no ciclo de desenvolvimento da região

O deputado federal Zeca Dirceu (PT) já está em mãos com a pauta proposta por Foz do Iguaçu com ações que vai defender junto ao governo Lula (PT). “Desde a campanha venho conversando com as lideranças sobre as expectativas das ações esperadas a partir de 2023 do governo federal, do qual se espera, e tenho certeza que terá, a continuidade do apoio da Itaipu Binacional”, disse.

A “Carta de Foz do Iguaçu”, conforme o documento sistematizado pelo deputado, aponta  como fundamental a continuidade do pagamento dos royalties da Itaipu Binacional que garantem historicamente o suporte para investimentos em áreas prioritárias como educação e saúde. Além de destacar a importância da binacional nos investimentos de R$ 1,6 bilhão que resultam em grandes obras de infraestrutura.

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Entre as propostas estão a sustentabilidade do Hospital Municipal Padre Germano Lauck, o aumento do PAB (piso de atenção básica) de saúde em função do sistema público municipal atender uma população de um milhão de pessoas e de obras e ações nas áreas de mobilidade, meio ambiente, turismo, cultura e integração das três fronteiras.

Mais ações

“Avançamos muito e precisamos avançar mais para garantir a oferta de serviços públicos de qualidade, cidadania plena e o bem estar social da população que escolheu a nossa cidade a região para formar famílias, educar seus filhos e ter uma vida mais digna” disse o prefeito Chico Brasileiro (PSD) em conversa com o deputado.

Zeca Dirceu disse que a pauta é extensa, que algumas das ações podem ser trabalhadas no Congresso Nacional, e lembra que em 2002, o PT local fez um documento semelhante em que constavam a construção da segunda ponte, a implantação de universidade latinoamericana e de um parque tecnológico, o que foi cumprindo, em parte pelos governos do PT.

“A Itaipu vai ampliar suas ações, além das obras, nas áreas de cultura, turismo e projetos de cunho social. As propostas são importantes porque podem balizar a atuação do governo Lula na cidade”, completa.

Leia a seguir as propostas elencadas na Carta de Foz

Plano de Integração Trinacional, com a consolidação do Polo Iguassu, envolvendo Brasil, Paraguai e Argentina. Este plano será resultado do acordo bilateral entre o Brasil e o Paraguai para as suas cidades (Foz do Iguaçu, Ciudad del Este e Hernandarias) de fronteira, e que pode integrar ainda a cidade argentina de Puerto Iguazú,

Ampliação da divulgação do Destino Iguaçu em nível nacional e internacional, com a implantação do Bureau de Notícias e do Fundo Regional de Divulgação, que pode ter recursos da Itaipu Binacional e das concessionárias que exploram os atrativos turísticos da região trinacional.

Implantação do Festival Latino-americano de Integração Cultural que poderá ser coordenado pelas universidades públicas e que mostrará a riqueza das manifestações artísticas e culturais e a busca pela unidade do continente.

Implantação do Teatro Municipal, uma demanda histórica dos moradores de Foz do Iguaçu e que pode servir para receber uma programação voltada à expressão cultural da tríplice fronteira.

Implantação de um centro de memória popular da tríplice fronteira (com material da etnografia, memorabília e da iconografia dos povos que formaram a região)

Retomada do Fórum Social do Mercosul. A primeira edição foi realizada em 2008 em Curitiba e como centro de debates das questões sociais da região, elencamos soluções aos problemas em comum da região.

Implantação do Hospital Universitário.

Incremento do PAB (Piso de Atenção Básica da Saúde) já que a saúde pública de Foz do Iguaçu tem um impacto do atendimento de um milhão de pessoas das cidades da região, do Paraguai e Argentina e recebe apenas pelo número de sua população (280 mil habitantes)

Fomento, apoio e incentivo aos cursos de formação, capacitação e qualificação de mão de obra destinados a jovens e idosos vulneráveis, consolidando a iniciativa do IHGT – Instituto de Hotelaria, Gastronomia e Turismo, entre outros órgãos e entidades.

Criação de um laboratório para fabricação e implantação dos transporte coletivo por ônibus elétricos/biocombustíveis com recursos para possibilitar a redução da tarifa ou da tarifa zero.

Utilização do projeto da Usina de Biogás com produção para abastecer ônibus de transporte coletivo.

Criação de usinas fotovoltaicas com produção de quatro megawatts, suficiente para atender a prefeitura e outros próprios públicos.

Início da operação do Mercado Municipal da Vila A, reformado pela Itaipu Binacional com a concessão pelo Parque Tecnológico de Itaipu dos espaços para comercialização de hortifrutigranjeiros, artesanato e gastronomia,

Criação dos parques lineares urbanos dos rios Boicy, Monjolo e Ouro Verde. Os recursos virão das parcerias dos governos estadual e federal e da Itaipu Binacional.

Criação do Beira-Foz, às margens do Rio Paraná, entre a Ponte da Amizade (no Jardim Jupira) até o rio Iguaçu, com construção trincheiras, de mirantes, deques e equipamentos de lazer e esporte.

Revitalização da Prainha de Três Lagoas.

Elaboração e implantação do plano de revitalização de rios, arroios, nascentes e cursos d’água de Foz do Iguaçu e região.

Elaboração do Plano de Mobilidade da Tríplice Fronteira.

Interseções e duplicação da Perimetral Leste. A via de 15 quilômetros vai ligar as aduanas do Paraguai e Argentina à BR-277. As obras tiveram início em 2021 e devem ser concluídas em 2023.

Duplicação da rua Itaboraí desde BR-277 até a Avenida das Cataratas, no eixo turismo rodoviário.

Extensão da Avenida João Paulo II até a Avenida das Cataratas, mais uma alternativa para reduzir o fluxo no trânsito das vias que formam o corredor turístico.

Apoio para consolidar hub aéreo, ampliando os voos de ligação da região trinacional aos outros continentes.

Participação efetiva de Foz do Iguaçu de conselhos e outras instâncias decisórias das políticas públicas e ações voltadas às áreas de turismo e integração regional com os países do Mercosul.

Através do PTI e outros órgãos federais, apoiar a diversidade da matriz econômica com o fomento de inovação e tecnologia, transformando a região em um polo desse setor.

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