Ritmo lento das obras da Perimetral Leste preocupa DER-PR e prefeito Chico Brasileiro

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Quem passa pela Avenida das Cataratas, no trevo de Acesso à Argentina, raramente percebe trabalhadores atuando na continuidade do viaduto e das alças de acesso rodoviário previstas para a região no projeto da Perimetral Leste. O ritmo lento nas obras da nova rodovia, que terá 15 quilômetros e vai ligar as aduanas do Paraguai (nova ponte) e da Argentina com a BR-277, já chamaram a atenção dos técnicos do Departamento de Estradas e Rodagens (DER-PR) e do prefeito Chico Brasileiro (PSD). A expectativa é que a normalidade dos trabalhos retorne após a definição do novo diretor-geral da Itaipu Binacional, que financia a execução do projeto.

Destaca o GDia que a Perimetral Leste é fundamental para colocar em uso a Ponte Internacional da Integração Brasil-Paraguai, a segunda unindo os dois países na região de Foz do Iguaçu, que já está praticamente concluída. As obras complementares de acesso a estrutura vão ligar a nova aduana, passando pela aduana da Argentina até a saída do município, retirando o tráfego de caminhões com cargas de importação e exportação da área urbana como ocorre hoje. O projeto inicial previa dois viadutos – um próximo a aduana da Argentina e outro no trevo de acesso ao país, mas após pleitos da Prefeitura, foram incluídos mais dois no cruzamento das avenidas Felipe Wandscheer e República Argentina.

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As obras da rodovia tiveram início em março de 2021 e até o momento alcançaram 19% do total previsto, segundo o DER, responsável pela execução do projeto. “Hoje as frentes (de trabalho) estão concentradas na terraplenagem das aduanas, no viaduto da (BR) 277 e na finalização da drenagem, tanto na aduana brasileira, como no Paraguai”, disse à Rádio Cultura o engenheiro Marcus Arantes, do setor de fiscalização do órgão. Segundo ele, a inclusão de dois novos viadutos, que não figuram no projeto inicial, ainda está em tratativas para fazer um aditivo ao contrato.

Marcus Arantes lembrou que se trata de obra mais complexa, pois são três órgãos envolvidos. “O estado na execução, Itaipu é o órgão financiador e o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte), que cuida dos projetos. Tudo tem de casar para a obra acontecer. O projeto já está aprovado e a Itaipu já confirmou que vai pagar”.

O prefeito Chico Brasileiro também comentou à Rádio Cultura sobre a execução da via, cuja primeira etapa (até o viaduto do trevo de acesso a Argentina), esta prevista para ser concluída até o final do ano passado. “Vocês podem observar que a obra da Perimetral deu uma acalmada, tem um rito de obra bem mais lento (que o inicial). Claro que estamos esperando uma definição da Itaipu, por que é financiada 100% pela empresa e aí precisamos pautar isto logo que assumir o novo diretor-geral brasileiro”, completou.

Rodovia das Cataratas

O engenheiro do DER também falou sobre as obras de duplicação da BR-469, a Rodovia das Cataratas, iniciadas no segundo semestre de 2022, e que seguem em ritmo acelerado, como registrou o GDia na última semana. De acordo com Marcus Arantes, alguns dos troncos de árvores que foram retiradas das margens da via e que estão na região do Trevo do Hotel Carimã, pertencem aos proprietários e áreas que foram desapropriadas e são os responsáveis pelo aproveitamento.

Na faixa de domínio federal, o Dnit cuida do processo de doação, informou. Em Foz do Iguaçu, a Apae recebeu uma parte dos troncos, vendeu e o dinheiro foi usado nas despesas da escola. “Não é um processo rápido, pois é um bem do estado que será doado. Toda vez que se faz a extração precisa ficar empilhado e comprovar, por meio de volume, o que foi retirado para fazer a compensação na sequência. É uma orientação dos órgãos ambientais”.

O engenheiro admitiu que o andamento da obra não está a contento. “Foram vários entraves, desapropriação demorada, chuva e hoje ainda estamos adequando o cronograma. No contrato está previsto o término para dezembro desse ano, mas essa previsão não deve se confirmar pois outros serviços serão incluídos. A primeira parte concluída deve ser na área da nova ponte e a Ponte Tancredo Neves”, concluiu Arantes.

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