Turismo em Foz cresce 10% em 2022, acima das médias estadual e nacional

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As receitas do turismo de Foz do Iguaçu cresceram de 9% a 10% em 2022, segundo a estimativa do SindHotéis, percentual acima dos 5,3% apontados pelo IBGE no Paraná e 2,9% em nível nacional, conforme a CNC (Confederação Nacional do Comércio). “Estamos com os hotéis lotados, o comércio está aquecido e os atrativos estão batendo recordes de visitação”, disse o presidente do sindicato, Marcelo Martini.

O setor tem mais de 50 atividades econômicas que abrange atrativos turísticos, hospedagem, gastronomia e entretenimento. “Só neste ano, fizemos três mutirões de empregos, e agora estamos conversando sobre medidas que podem evitar as filas na travessia da Argentina e nos horários de picos na visitação dos atrativos. Em 2023, é crescer mais, algo em torno de 12 a 15%”, completou.

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Os dados da pesquisa do IBGE confirmam o turismo, segundo o prefeito Chico Brasileiro, como agente setor da economia de Foz do Iguaçu. “As atividades relacionadas para receber e atender os turistas nas Cataratas do Iguaçu, Itaipu Binacional, Marco das Três Fronteiras, os novos atrativos, hotéis, bares e restaurantes, abriram mais de 2,1 mil empregos de janeiro a novembro do ano passado, segundo Caged”, disse.

Feriados e obras

Chico Brasileiro lembra que o fluxo de turistas em Foz do Iguaçu ganhou reforços fundamentais com uma sequência de feriados prolongados e de pequenos, médios e grandes eventos, especialmente no segundo semestre de 2022. “Este ano teremos uma sequência de pelo menos cinco feriados nacionais prolongados, além dos locais e regionais que sempre atraem visitantes e o nosso setor de eventos, que parou durante a pandemia, mas já no ano passado deu demonstrações de franca recuperação”, ressaltou.

O prefeito também está animado com o término das grandes obras de infraestrutura – segunda ponte, duplicação da Rodovia das Cataratas, Perimetral – e de uma série de empreendimentos privados que começam a ser erguidos em 2023 com conclusão prevista para 2024. “Foz caminha célere para ser o destino do mundo na América do Sul. Estaremos com toda infraestrutura pronta, um aeroporto internacional de ponta, uma segunda ponte, a avenida das Cataratas duplicada e os investimentos privados aumentando. Crescer acima da média estadual e nacional é inexorável, não tem volta”, disse.

O presidente Sindhotéis afirma que o turismo de Foz do Iguaçu já superou a pandemia e se equipara ao movimento de 2019, ano em que mais de dois milhões de turistas foram ao Parque Nacional do Iguaçu. “No passado, só no parque foram 1,5 milhão de visitantes e uma média de ocupação de 80% dos leitos nos feriados e final de semana”.

Martini está finalizando um levantamento da ocupação hoteleira em 2022 e estima que a região da tríplice fronteira recebeu algo próximo a quatro milhões de visitantes. “Na região, sem contar o Paraguai e Argentina, devemos ficar em três milhões de visitantes. O apagão de voos noturnos de três dias, por exemplo, não afetou a ocupação porque estamos recebendo muito turismo rodoviário”, aponta.

Impulso

O crescimento do turismo em Foz do Iguaçu contribuiu no impulso do desempenho em nível estadual do setor que, segundo a pesquisa do IBGE, alcançou 5,3% em novembro do ano passado, em comparação com novembro de 2021. O resultado também refletiu no segmento de serviços do Paraná, que oscilou positivamente em 1,7% no mês.

O que mais contribuiu para o bom desempenho do turismo foram as viagens, que influenciaram ainda nos demais indicadores do setor de serviços. Em relação a novembro de 2021, a alta geral foi de 3,6%; no acumulado do ano (janeiro a novembro versus 2021), de 4,4%.

Os serviços englobam, além do turismo, transporte, hotelaria, academias, escolas de ensino, beleza, arquitetura, informática, técnicos especializados e telecomunicações. Em nível nacional, as atividades relacionadas ao turismo aumentaram 2,9% em novembro último, no comparativo ao mesmo período de 2021.

A expectativa da CNC é que o volume de receitas dos serviços aumente 1,6% em 2023. O turismo, um dos segmentos que fazem parte do setor de serviços, deve ter aumento real de 2,9% nas receitas, alavancado especialmente pelo atendimento à demanda reprimida dos últimos anos. “Em Foz, a nossa expectativa é bem maior que as esperadas no estado e no País”, aponta Martini.

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