O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) lamentou as cenas divulgadas no final de semana que mostraram índios Ianomâmis em completa situação de desnutrição e afirmou nesta segunda-feira, 23, que as políticas públicas de segurança alimentar devem ser reforçadas porque são fundamentais para atender comunidades mais vulneráveis.
“Não existe nenhum brasileiro ou brasileira que não tenha ficado estarrecido com as revelações da situação absolutamente terrível, da tragédia humanitária, que afeta uma tribo Ianomâmi em Roraima”, afirmou. “Sabemos que os povos indígenas estão entre as populações mais afetadas pela insegurança alimentar e nutricional no Brasil”.
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Romanelli defendeu ações do poder público para atender populações vulneráveis em todo o País. Ele lembra que entre 2011 e 2014, quando foi secretário do Trabalho, Emprego e Economia Solidária, criou no Paraná a Política Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional. “É o típico caso do ganha-ganha. O programa fortaleceu o pequeno agricultor e garantiu comida na mesa de quem mais precisava”.
Na época, através do programa Compra Direta, realizado em parceria com a União, foi possível investir R$ 92 milhões, beneficiando dez mil produtores da agricultura familiar e 3.200 entidades sociais – como Apaes, asilos, creches, escolas – e milhares de famílias carentes. “A estruturação deste programa foi resultado de um esforço conjunto que permitiu transformá-lo em política pública”, avalia Romanelli.
Exemplo – De acordo com o deputado, hoje o Paraná é um exemplo para outros estados. Apesar da redução das transferências federais nos últimos anos para o Programa de Aquisição de Alimentos, o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) implantou o Compra Direta Paraná, que entre 2020 e 2022, investiu R$ 85 milhões na aquisição de alimentos da agricultura familiar, por meio de 163 cooperativas. A iniciativa beneficiou 309 mil pessoas no Estado.
“O Compra Direta leva o alimento da enxada do pequeno agricultor para a mesa de quem mais precisa”, reforça Romanelli. “Assim como acontece no nosso Estado, é preciso que os governos tenham uma coordenação desta política para que ela seja realmente eficaz. “Tem que mapear onde estão as pessoas socialmente mais vulneráveis e agir, como tem sido feito em cada município do Paraná”.