Iguaçuenses foram identificados como “patrocinadores” e participantes do vandalismo no Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF em Brasília
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) identificou, no Paraná, 71 suspeitos de financiamento e participação dos atos golpistas em Brasília no domingo (8 de janeiro), que resultou na invasão e depredação das sedes do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto, sede do governo federal. A maioria dos participantes da ação terrorista, que não aceita o resultado das eleições de outubro do ano passado, estava acampada em frente ao quartel do Exército e saiu em marcha pela Esplanada dos Ministérios até romper as barreiras de segurança e destruir móveis e obras de artes dentro dos três órgãos.
Destaca o GDia que em nota do Greco, divulgada no site do Ministério Público do Paraná (MPPR) não revelou os nomes dos suspeitos identificados de participação no vandalismo na capital. Após os atos, alguns iguaçuenses foram identificados em função de vídeos e fotos publicadas em suas próprias redes sociais. Entre os conhecidos estão um casal de guardas municipais, militar da reserva, um ex-vereador e esposa, além de um empresário que é apontado como “patrocinador” da mobilização e transporte dos integrantes até Brasília.
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O órgãos paranaense informou no site do MPPR que encaminhou a relação dos nomes possíveis participantes dos atos golpistas, ao Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, do Ministério Público Federal (MPF). Todos os listados são pelo Greco são “suspeitos de participação em ilegalidades relacionadas às recentes ações contra a democracia, notadamente o quebra-quebra do último dia 8 nas sedes dos três poderes, em Brasília”, diz a nota.
O Gaeco destaca ainda que, em seus canais de atendimento, recebeu ao menos 140 comunicações relativas a possíveis participações dos atos antidemocráticos protagonizados no segundo domingo de 2023. “Considerando-se que algumas foram repetidas e ainda que houve mais de uma denúncia sobre algumas pessoas, foram analisadas 108 situações individualizadas, das quais 37 foram descartadas, restando as 71 pessoas com indícios de atuação ilegal”, ressalta o órgão.
Entre os casos encaminhados ao MPF, relata o Gaeco, 24 foram de possíveis participantes ou executores de atos ilegais (especialmente as ações de vandalismo ocorridas no dia 8 de janeiro em Brasília), 17 de supostos financiadores, 29 que teriam instigado ou incitado ilegalidades e uma autoridade, mas esta do Rio de Janeiro, que teria se omitido de suas funções durante as ações ilícitas.