A fumaça do contrabando nas fronteiras

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Quatro veículos de passeio correm pela BR-277, saindo de Foz do Iguaçu, no Paraná, em direção à Curitiba, e depois São Paulo.

Destaca o UOL que há somente o banco do motorista: o restante do espaço foi preenchido por caixas de papelão abarrotadas de cigarros contrabandeados do Paraguai.

Com modificações tecnológicas, os carros conseguem atingir velocidades absurdas, mais de 200km/h, mas o comboio dos “cavalos-doidos” -como são chamados os contrabandistas que atuam na fronteira do Brasil com o Paraguai – é liderado por um batedor, que vasculha o caminho em busca de qualquer sinal de policiais ou fiscalização.

Os carros emitem uma quantidade de fumaça que impede a visão clara do redor, e alguns até deixam pregos para trás, na estrada, como forma de despistar agentes da lei.

Ao atravessar a fronteira em uma elaborada operação de contrabando, sem pagar impostos e para serem comercializados por valores muito abaixo do mercado nacional, os cigarros se tornam um verdadeiro problema para o País – deixando um rastro de corrupção e violência pelo caminho.

O problema do contrabando de cigarros é sistêmico e prejudica toda a sociedade brasileira, uma vez que a venda do produto ilegal sustenta o crime organizado, especialmente na compra de armas e de drogas, aumentando a violência nas cidades.

Além disso, o Estado deixa de arrecadar bilhões em impostos com a ilegalidade. Em 2019, o mercado ilegal de cigarros correspondeu a 57% de todos os cigarros consumidos no Brasil, segundo levantamento realizado pelo Ibope Inteligência. Estima-se que o crime organizado movimente cerca de R$ 10,9 bilhões por ano com o cigarro ilegal.

Para jogar luz nesta questão e discutir soluções, acaba de ser lançada a série documental Cigarro do Crime, produzida pela Vice Brasil em parceria com o Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP) e com direção de João Wainer. A produção dá continuidade ao filme homônimo lançado em maio de 2020.

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