A união não é só pela Unila, mas por toda a “educação brasileira”, diz a instituição

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A reitoria da Universidade da Integração latino-Americana (Unila), se manifestou sobre o corte de 41% do orçamento previsto para 2019 – aproximadamente R$ 14,2 milhões – anunciado esta semana pelo governo federal.

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“Não é pela UNILA, apenas, mas pela educação brasileira, que é necessário que todos se unam”, ressalta a nota.

A universidade vem prestando importantes serviços em Foz do Iguaçu, entre eles, de saúde, linguísticos, educacionais, energéticos, entre outros.

Criada pela Lei nº 12.189, de 12 de janeiro de 2010, a universidade ofereceu, em 2019, além de cursos de graduação, cinco de especialização, um Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família e 11 cursos de mestrado, já aprovados pela CAPES/MEC, em diversas áreas do conhecimento.

Em programas de pós-graduação stricto sensu, a Unila é responsável por 80% das vagas na região de Foz do Iguaçu. Recentemente foi aprovado o primeiro curso de doutorado da instituição.

UFPR

No Paraná, a Universidade Federal (UFPR), a primeira universidade federal do Brasil, também terá suas ações comprometidas com o corte de R$ 48 milhões de verbas.

Abaixo a íntegra da nota da Unila:

O bloqueio orçamentário do Ministério da Educação aplicado à UNILA impacta em 14,2 milhões de reais. Todas as universidades federais sofreram bloqueio proporcional. Trata-se de um bloqueio sobre a Lei Orçamentária em vigor, proposta pelo Poder Executivo e aprovada pelo Legislativo, com base na qual construímos nossos compromissos financeiros e planejamento acadêmico de 2019. Entende-se que o não cumprimento dessa lei é uma decisão equivocada, baseada na falta de entendimento sobre o papel das universidades perante a sociedade, no presente e no futuro, contra a qual é preciso agir.

A sociedade percebe com clareza as oportunidades geradas pelas universidades federais no ensino de graduação, hoje com 1,2 milhão de matrículas no Brasil. A UNILA tem 5.207 estudantes de graduação, dos quais 3.058 são do Paraná. Todos os indicadores que mensuram a qualidade da educação reiteram o alto nível do ensino nas universidades públicas. Muito além disso, as federais respondem por 95% da produção de conhecimento científico do Brasil.

São dezenas de hospitais universitários dedicados plenamente ao SUS, colégios de aplicação, ações de extensão voltadas às demandas das comunidades locais/regionais, na maioria dos casos às mais vulneráveis. A exemplo da UNILA, em apenas nove anos de existência, a instituição já é responsável por 80% dos programas de pós-graduação stricto sensude Foz do Iguaçu; dos 23 cursos de graduação já avaliados pelo MEC, 22 receberam notas 4 ou 5 (nota máxima). Na extensão, as ações incluem alfabetização a populações mais vulneráveis, formação de docentes da educação básica, reforço escolar e ações culturais, do centro à periferia.

A narrativa do MEC em colocar a educação superior em contraposição à educação básica é errônea, ao não perceber a profunda integração e sinergia que o ensino superior tem com a educação básica. A formação de professores é feita no ensino superior, seja nos cursos de licenciatura ou nas pós-graduações, além das diversas atividades de extensão e pesquisa, entranhadas na educação básica. Enfraquecer a educação superior significa fragilizar a educação básica. Também é gravíssima a estratégia de jogar a sociedade contra as universidades federais, com base em informações distorcidas e referenciais comparativos totalmente inadequados.

As universidades públicas brasileiras tornaram-se referência em qualidade e inclusão. A permanência do bloqueio ameaça a continuidade dessas atividades. Para enfrentar tudo isso, a UNILA está construindo uma agenda de diálogo com as demais universidades federais, além de representantes políticos locais, regionais e nacionais, bem como reforçando os canais de interação e foros já existentes, a fim de tentar a reversão desses bloqueios orçamentários.

Não é pela UNILA, apenas, mas pela educação brasileira, que é necessário que todos se unam.

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