Não podemos correr o risco que passamos em 2020, quando ignoramos os alertas e sinais do que estava vindo a segunda, diz a entidade
A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) apoia as prefeituras que estão decidindo pelo cancelamento das atividades oficiais do Carnaval de 2022. No Paraná, municípios onde a festa é tradicional decidiram pela não realização devido ao avanço da variante ômicron na África e na Europa. A preocupação é manter os cuidados contra o coronavírus (covid-19).
“Apoiamos estas decisões dos municípios, especialmente os locais que são destinos turísticos. É a melhor medida neste momento”, ressaltou Fábio Aguayo, presidente da entidade. “Precisamos ter o Passaporte Sanitário, como está ocorrendo na maioria dos países. Não podemos ir contra todos”, destacou.
Na avaliação do presidente da Abrabar, é importante que os eventos sejam realizados em locais onde é possível manter um controle de acesso, com protocolos sanitários. “Na rua não vai ter nada, e quem perde somos nós, a sociedade. Esta semana, já tivemos a chegada de seis pessoas que passaram pela África e testaram positivo”, disse.
Sem festa
Entre os destinos turísticos que já anunciaram o cancelamento da tradicional desta, programada de 25 de fevereiro a 2 de março de 2022, estão Foz do Iguaçu, Antonina e Paranaguá, no Paraná. As capitais Salvador (BA), Recife (PE) e Olinda (PE) também seguiram esta linha.
Em Minas Gerais, 32 cidades anunciaram que não irão promover a folia, em São Paulo, 77 cidades até agora tomaram a mesma decisão. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, adiantou também que “se não tiver condições, não vai ter (o carnaval de 2022)”.
Prevenção
“Nossa precaução é para evitar o que está ocorrendo na Europa, com fechamentos, restrições e lockdowns pela nova onda da covid, com destaque na Alemanha, Portugal, Itália, e outros países, onde os índices de vacinação é muito baixo. Nos Estados Unidos, a resistência à vacina virou um drama.
O Carnaval só para vacinados com o esquema completo, pode ser o combustível que falta para estas pessoas tomarem a decisão e aderir ao esquema de imunização coletiva, acredita Aguayo. “Não podemos correr o risco que passamos em 2020, quando ignoramos os alertas e sinais do que estava vindo a segunda”.
“Sabemos que os dólares e euros são importantes para nossa economia, mas é preciso ter menos ganância e mais prudência neste novo momento da doença”, completou o presidente da Abrabar.