Intenção é garantir ordenamento e tranquilidade jurídica; Quase 50% do setor planeja contratar funcionários para dar conta das atividades
As tradicionais festas de final de ano, aliada a uma sequência de competições esportivas animaram o setor de gastronomia e entretenimento, que enxerga possibilidade de recuperar parte das perdas com fechamento e restrições nos dois anos da pandemia do covid-19. A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) busca uma flexibilização com autorizações especiais para garantir tranquilidade jurídica aos empresários da categoria.
Para dar conta da demanda, quase 50% dos bares e restaurantes pretende contratar funcionários até o final do ano. O calendário prevê, antes do Natal e Réveillon, duas grandes competições esportivas de futebol, que costumam reunir grandes públicos para torcer juntos em bares e restaurantes. “Nosso setor precisa muito destas oportunidades para recuperar parte da saúde financeira”, disse Fábio Aguayo, presidente da Abrabar.
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A programação começa já no sábado (29), com a final da Copa Libertadores da América entre o Athletico-PR e o Flamengo. Como o jogo acontece na cidade de Guayaquil no Equador, milhares de torcedores de Curitiba e do Paraná, já programam o bar que irão torcer juntos. A partir do dia 20 de novembro começa a Copa do Mundo de Futebol do Catar tendo a seleção brasileira como um dos grandes destaques da competição.
Na última semana, o presidente da Abrabar se reuniu com o vereador Alexandre Leprevost, vice-presidente da Câmara que encaminhou uma sugestão à Prefeitura de Curitiba, pedindo mudanças temporárias para o funcionamento de bares e restaurantes neste período. A iniciativa, aprovada pela Casa de Leis, quer criar um movimento para mais empregos e prevenção aos eventos de fim de ano, além do início da temporada de verão.
Articulação
De acordo com Aguayo, Alexandre Leprevost é um dos representantes da categoria que defende os interesses do segmento econômico do turismo, gastronomia e entretenimento. “Temos pautas importantes na Câmara de Vereadores que é a regulamentação dos grandes eventos, também temos a questão da Copa do Mundo para os estabelecimentos poderem trabalhar com responsabilidade e segurança jurídica”, frisou.
Tramitam ainda na Casa de Leis projetos para melhorar a vida dos empresários que querem entrar neste segmento, que é a questão da cartilha. Alexandre Leprevost agradeceu a visita e destacou que a parceria do mandato com a Abrabar é de extrema importância “para que a gente possa defender os empresários e comerciantes da nossa cidade e evoluir cada vez mais nestas pautas tão importantes”.
“Temos que estar defendendo aqueles que geram empregos, que pagam seus impostos e a Abrabar é uma grande aliada nisto”, ressaltou o vereador. Além dos ajustes que garantam benefícios para a categoria, o mais importante neste momento é trabalhar com as autorizações especiais, reforçou Aguayo. “Estamos num momento que precisamos da retomada plena e completa”, ressaltou.
Na avaliação do presidente da Abrabar, aqueles que se opõe à ajuda, criando normas que dificultam a atuação das casas de gastronomia e entretenimento, que geram emprego e renta, estão “contra o crescimento da cidade de forma ordenada. Jogam contra aquelas pessoas que estão passando necessidades. Muitos têm estabilidade, aposentadoria, empregos e esquecem aqueles que estão sofrendo”, concluiu.
Contratações
A Abrabar e entidades de turismo criaram um movimento pró-valorização do turismo e geração de emprego. A intenção é aproveitar o momento, onde mais de 45% dos bares e restaurantes planejam contratar funcionários para dar conta das atividades relacionadas aos eventos do final de ano, indica pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
O levantamento identificou ainda que a situação financeira dos estabelecimentos vem se estabilizando. Entre os que preveem aumentar o número de profissionais, 63% apontam que há uma previsão de ampliação da demanda em função dos eventos previstos neste segundo semestre. De acordo com a pesquisa, 11% das empresas buscam mais gente para ampliar o negócio com novos produtos/serviços e 9% querem abrir filiais.
Além disso, 25% procuram profissionais para recompor o quadro e readequar o negócio à nova configuração de mercado pós-pandemia. Cerca de 51% dos donos de estabelecimentos pretendem manter o time atual e apenas 4% dizem que devem realizar demissões até o final de 2022. A pesquisa foi respondida por 1.709 empresários do setor.