Abrabar recebe a iFood e conversa com autores de projetos de leis para regulamentar o Delivery

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(Foto: Fábio Vieira / FotoRua)

Atividade movimenta R$ 17 bilhões e emprega quatro milhões; Intenção é tornar o serviço seguro para empresários, trabalhadores e consumidores

A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) vai receber, na segunda-feira (23), o iFood, o deputado estadual Delegado Fernando Francischini e o vereador de Curitiba, Tito Zeglin, autores de projetos de leis que regulamentam o serviço de entrega de comida pronta (Delivery). A atividade movimenta R$ 17 bilhões ao ano e mantém quatro milhões de empregos diretos e indiretos.

A reunião com representantes da plataforma e os parlamentares terá participação de empreendedores do setor, do Sindicato das Empresas de Gastronomia, Entretenimento e Similares de Curitiba (SindiAbrabar) e da Federação das Empresas de Hospedagem, Gastronomia, Entretenimento e Similares do Paraná (Feturismo).

A intenção é debater um termo de boas práticas que está sendo firmado com o iFood , com intuito de endereçar os interesses das empresas formalizadas e resguardar a saúde pública dos consumidores. A parceria prevê a implantação de medidas regulatórias visando a Segurança Alimentar para a atividade.

São previstos cursos para os empreendedores realizados pela Abrabar e empresas parceiras, e capacitação para moto entregadores, realizados por empresas parceiras do iFood .

A parceria entre Abrabar e iFood abordará incentivos ao setor para boas práticas em segurança alimentar, como Selo de Boas Práticas, capacitações, premiações e reconhecimentos. O documento, que será aperfeiçoado e servirá de base para para outras plataformas, traz ainda um estudo sobre o setor, informa Fábio Aguayo, presidente da Abrabar.

Gastronomia

Empresários e Micrompreendedores Individuais (MEIs) buscaram saídas nos deliverys de alimentação: o país registrou a ativação de 1,15 milhão de empresas. Destas, 21,5% voltadas aos APPs de entrega de comida, segundo dados da Receita Federal do segundo semestre de 2020.

“Mais de 70% dos membros de nossa categoria mantiveram seus negócios funcionando exclusivamente para o delivery durante a pandemia nas diversas plataformas”, ressalta Aguayo. Aqueles que se adaptaram, conseguiram manter de 50% a 70% do ritmo de vendas de 2019, conforme levantamento da ANR.

A maioria dos estabelecimentos passaram a ter nas plataformas de venda de alimentos a sua principal fonte de receita. A cada 100 empresas que abrem no setor, 81 são MEI.

Delivery

As principais plataformas possuem mais de 200 mil restaurantes parceiros em mais de mil cidades pelo Brasil. Com o serviço, restaurantes movimentam R$ 17 bilhões ao ano e mantém aproximadamente quatro milhões empregos diretos e indiretos no setor.

De março a agosto de 2020, o Delivery de Alimentação superou o Comércio Varejista e passou a ser a atividade com maior número de abertura de empresas no país. Foram mais de 352 mil, contra 339 mil varejista, segundo a RF. O formato de venda tem sido a principal fonte de renda de muitas famílias.

Do total de empresas abertas entre março e agosto de 2020, pouco mais de 75% foram MEI. Entre 26 setores analisados, o Delivery de Alimentação é o que possui o 10º maior percentual de MEIs.

Boas Práticas

A partir da parceria com a plataforma iFood, as entidades propõem a incorporação de pontos aos projetos de Franciscini e de Tito Zeglin. Entre eles estão previstos o compromisso contratual dos parceiros cadastrados nas plataformas e a consonância com a regulamentação federal.

O setor também propõe o descadastramento de estabelecimentos irregulares, transparência de informações e o apoio às boas práticas de segurança alimentar com os parceiros.

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