Entidades defendem a criação da unidade de prevenção aos estabelecimentos de de gastronomia, turismo e entretenimento com base nas ações e operações realizadas no Centro Histórico de Curitiba
A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) retomou esta semana o pleito para criar uma unidade específica de segurança aos estabelecimentos pólos de gastronomia e entretenimento de Curitiba e dos grandes centros urbanos do Paraná. Em ofício ao governador Carlos Massa Ratinho Junior e ao secretário estadual de Segurança Pública, coronel Hudson Leôncio Teixeira, a entidade parabeniza e apoia as ações e operações que estão sendo realizadas na região central do bairro São Francisco “especificamente na (Rua) Trajano Reis e próximo ao Largo da Ordem”, em Curitiba.
A intenção é que as mesmas se tornem permanentes, destaca Fábio Aguayo, presidente da Abrabar, do SindiAbrabar e da Federação Paranaense de Turismo (Feturismo) e diretor nacional da CNTur (Confederação Nacional de Turismo). “Segue nossa sugestão, rebatizar a criação da Unidade de Prevenção e Segurança dos Polos Gastronômicos/Entretenimento – Ação Convivência em Harmonia”, propõe. O líder classista ressalta que o projeto foi sugerido pela Abrabar há mais de 10 anos.
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No entanto, o programa acabou não implantado devido ao momento político da época, que passava por um governo transitório com Orlando Pessuti, que durou apenas nove meses. Em função disso, o projeto que tramitava na Assembleia Legislativa não seguiu adiante. “Levando em consideração que o governo atual foi reeleito e está dando uma atenção especial e apoiando o Turismo e realizando investimentos na infraestrutura, cremos que seja o momento oportuno para tal”, destaca o ofício encaminhado pelas entidades.
“Também, informamos que iremos preparar um projeto de eventos culturais e socioeducativos”, frisa a manifestação. Entre as atribuições da unidade de segurança estão prevenir, fiscalizar e orientar o entorno de polos de estabelecimentos de gastronomia e entretenimento de Curitiba, para coibir casos de tráfico de drogas, comércio ilegal ou paralelo, badernas, perturbação do sossego, direção sob efeito de álcool e poluição sonora automotiva.
“Seria uma forma de criar uma nova ação concorrente de prevenção, orientação e conscientização, só que essa operação/unidade teria um outro viés de caráter permanente e não itinerante, contrariando a atual filosofia da AIFU de circular a cidade e fiscalizar documentação de funcionamento dos estabelecimentos”, ressaltam as entidades. A unidade seria composta por policiais e agentes públicos que tem a expertise de grandes eventos, já que atualmente muitos tem a responsabilidade de cuidar da segurança dos jogos de futebol, shows e operação verão.
Procedimento
No encaminhamento, a Abrabar e entidades aliadas solicitam uma audiência com o governador e o secretário estadual de Segurança Pública, “para melhor debater o assunto e, em conjunto, encontrarmos as soluções mais adequadas para o atual momento que os estabelecimentos enfrentam”. A categoria tem sido alvo constante da ação de marginais que furtam, roubam e aplicam golpes contra os estabelecimentos.
A proposta apresentada há 10 anos pela Abrabar, estava amparada no projeto de reestruturação da Polícia Militar, em debate na Assembleia Legislativa. A intenção era incluir a criação de um batalhão específico para fiscalizar eventos. Entre as atribuições, vigiar o entorno de bares e casas noturnas para coibir casos de badernas, direção sob efeito de álcool e poluição sonora.
