A primeira sugestão é a Bíblia de Jerusalém, da Paulus Editora
O advogado e poeta Gilmar Cardoso, membro do Centro de Letras do Paraná e fundador da Cadeira nº 1 da Academia Mourãoense de Letras, dá início nesta sexta-feira, dia 5, – Dia Nacional da Língua Portuguesa – em reverência ao nascimento de Rui Barbosa, um dos maiores cultores e inequívoco defensor do nosso idioma pátrio – a uma coluna denominada de #SextouDicadeLeitura. A iniciativa será veiculada toda sexta-feira e trará sugestões de obras lidas e recomendadas para os leitores.
Gilmar Cardoso destaca que é importante lembrar que as dicas não têm como objetivo tornar a leitura uma obrigação, mas sim atentar para o fato de que pequenas ações ajudam a manter um ritmo constante. Afinal, a qualidade do que se lê vale mais do que a quantidade. O escritor frisa que o importante é se criar um hábito de leitura de uma forma saudável e construtiva, pois, a leitura evolui com a gente, disse.
É preciso reservar um tempo especial, como se fosse um ritual diário ou semanal, por exemplo. Ter um lápis à mão para anotar textos ou passagens marcantes. Começar por obras que goste 100% e ler autores diferentes. Para Gilmar Cardoso ter o hábito de ler é importante porque os benefícios da leitura são variados: você aprende sobre diversos assuntos, ganha repertório, fica com um vocabulário mais amplo e consegue escrever bons e articulados textos, para citar alguns.
Outro ponto descrito por Gilmar Cardoso é sobre a necessidade de iniciar as crianças no mundo da leitura. Em tempos onde cada vez mais estímulos, superexposição a informações e a telas, parar para ler um livro infantil significa criar um momento valioso de presença e conexão familiar. A leitura desenvolve a linguagem, além de fortalecer os vínculos afetivos entre a criança e quem lê para ela, proporcionando uma conexão física e emocional, de trocas de experiências e de presença sem interferências externas. O advogado e poeta ainda cita que ao mesmo tempo, os livros incentivam a imaginação e a criatividade ao colocar a criança em contato com mundos de fantasia e realidades distintas da dela. Por isso mesmo, também estimula e empatia, afirma o poeta.
Gilmar Cardoso concorda que ler não é uma tarefa fácil. Ainda mais com todas as distrações que temos, sejam as redes sociais ou os streamings de séries e filmes, tudo parece tirar a atenção das páginas dos livros, avalia. Participar de Clubes de Livros e Leituras e ler com mais gente tem se revelado uma ótima alternativa e forma de estimular o hábito, afirmou.
Por fim, o advogado e poeta Gilmar Cardoso concluiu dizendo que o hábito de gostar de ler não é nada mais do que um treino, ou seja, requer bastante prática e persistência. Ler não é um ato mecânico, pelo contrário, deve ser prazeroso e completamente desligado da ideia de obrigatoriedade ou impressionismo alheio. O certo é que escreve bem quem lê muito e escreve melhor quem lê e escreve muito. Assim como o esporte, a leitura e a escrita devem ser constantemente exercitados. Quanto antes você começar, mais rápido atingirá o seu objetivo.
Segundo o escritor Rubem Alves, a leitura deve ser ensinada como se ensina a música, pois a música não é ensinada fragmentada, pelas notas musicais, e sim a canção como um todo. A mãe pega no bebê e embala-o, cantando uma canção. E a criança percebe a canção. Isto é verdadeiro também sobre aprender a ler. Ruth Rocha, por sua vez, ensina que leitura, antes de mais nada é estímulo, é exemplo. Para nós, incentivar aos nossos jovens o gosto pela leitura é plantar uma semente com a certeza de que dará bons frutos.
Concluo com filósofo Voltaire, destaca Gilmar Cardoso, para quem a leitura de todos os bons livros é uma conversação com as mais honestas pessoas dos séculos passados. A leitura engrandece a alma. A leitura traz ao homem plenitude; o discurso, segurança; e a escrita, precisão. A leitura de um bom livro é um diálogo incessante. O livro fala e alma responde.
A leitura de todos os bons livros é uma conversação com as mais honestas pessoas dos séculos passados. A leitura engrandece a alma. A leitura traz ao homem plenitude; o discurso, segurança; e a escrita, precisão. A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde
A Coluna #SextouDicadeLeitura, a partir desta e publicada todas as sextas-feiras na intenção de estimular o hábito e aguçar a curiosidade especialmente nos finais de semana, pretende ser um ponto de apoio e contribuição nesta tarefa. #SEXTOU.