Os preços dos alimentos e bebidas em Foz do Iguaçu subiram 1,22% em novembro, mas deverá fechar o ano em baixa. A perspectiva tem como base o Índice de Preços Regional de Alimentos e Bebidas (IPR-Alimentos e Bebidas) calculado pelo Ipardes. No Estado, a variação acumulada indicou uma alta de 0,92% no penúltimo mês do ano, confirmando a sequência positiva de 0,03% observada em outubro. No ano, no entanto, a variação acumulada é de -1,94% e nos últimos 12 meses, de -2,59%, apontando queda nos preços médios para os consumidores em relação ao ciclo de 2022.
Relembra o GDia que a cebola, que aumentou mais de 39,2% em Foz do Iguaçu, foi uma das principais vilãs do aumento da cesta básica no penúltimo mês do ano, segundo IPR. De acordo com o coordenador de Pesquisas Periódicas e Editoração do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), Marcelo Antonio, dos 35 produtos analisados, 24 apresentaram aumento de preços em novembro, 69% dos itens investigados. O bulbo foi um dos que ajudou a puxar esta alta, que teve preços aumentados em 37,20%.
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“As condições climáticas do mês de novembro, caracterizadas por fortes chuvas, intercaladas por ondas de calor, desempenharam um papel significativo nesse cenário, contribuindo para o aumento da cebola e da banana caturra”, diz Antonio. No caso da cebola, a redução da disponibilidade foi influenciada pela transição entre as safras de inverno e de verão, e que o excesso de chuvas prejudicou a colheita e a qualidade do produto.
O reajuste em Foz do Iguaçu ficou acima da média estadual e abaixo apenas de Ponta Grossa com 40,45% e Londrina com 40,26%. Em Cascavel, o reajuste alcançou 36,25%, em Maringá 34,25% e 32,88% em Curitiba. Com exceção de Maringá, em que o IPR manteve-se estável no último mês, os demais municípios analisados apresentaram altas. A maior ocorreu em Londrina, 1,58%, seguida por Ponta Grossa, 1,25%, Foz do Iguaçu, 1,22%, Cascavel, 1,05% e Curitiba, 0,42%.
Mais variação climática
O clima também exerceu influência na oferta de banana-caturra, que registrou aumento de 16,93%. Já a alta de 12,97% da laranja está relacionada à demanda aquecida. Por outro lado, as maiores quedas mensais em novembro foram molho e extrato de tomate (-8,76%), tomate (-4,60%) e farinha de trigo (2,75%). As maiores variações de preços médios de molho e extrato de tomate foram em Maringá (-15,67%) e Curitiba (-12,86%), além de -9,47% em Londrina, -8,42% em Cascavel, -4,89% em Foz do Iguaçu e -0,46% em Ponta Grossa.
“Nesse caso, o calor contribuiu para o amadurecimento precoce do tomate, antecipando a retirada do fruto e ampliando a oferta ao consumidor. Isso resultou em queda no preço final”, completa Antonio. A aceleração recente na inflação não foi suficiente para inverter o comportamento do índice acumulado em 12 meses, que apresenta declínio de -2,59%. Entre as maiores reduções acumuladas destacam-se as retrações significativas de -31,14% no óleo de soja, -16,67% em batata inglesa e -14,09% no café.
Por outro lado, o arroz apresenta o maior aumento acumulado em 12 meses, com 26,32%. Os aumentos no período ficaram com arroz (26,32%), laranja pera (24,12%) e alface (15,13%). Regionalmente, o IPR acumulado entre dezembro de 2022 a novembro de 2023 apresentou variações de -4,05% em Curitiba, -2,99% em Ponta Grossa, – 2,87% em Foz do Iguaçu, -2,82% em Maringá, -1,76% em Cascavel e -1,05% em Londrina.
Em Curitiba a queda acumulada do óleo de soja foi de -32,62%, acompanhado por Maringá, (-31,72%), Ponta Grossa, (-31,27%), Cascavel, (-30,90%), Londrina, (-30,26%) e Foz do Iguaçu, (-30,07%). Lançado em 15 de dezembro de 2022, o IPR utiliza os registros fiscais da Receita Estadual do Paraná. O Ipardes faz uma média de 382 mil registros de notas fiscais eletrônicas ao mês emitidas em 366 estabelecimentos comerciais de diferentes portes localizados em Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu.