O pequeno Pietro, de seis anos, compõe o elenco de “DNA do Crime”, superprodução do serviço de streaming
Ao matricular o Pietro nas aulas de teatro do programa Foz Fazendo Arte, ministradas no Centro Escola Bairro Darci Pedro Zanatta, no Morumbi, a mãe, Katlyn de Lima, esperava apenas compor a rotina do filho com mais uma atividade educativa no contraturno escolar. Contudo, o perfil carismático do pequeno e o talento em potencial o levaram muito mais longe.
Com apenas seis anos, Pietro foi contratado para compor o elenco da série “DNA do Crime”, superprodução do serviço de streaming Netflix sobre o milionário assalto a uma empresa de segurança no Paraguai, em 2017.
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Por conta das diversas cenas gravadas em Foz do Iguaçu, a produção da série entrou em contato com a professora Sandra Schiavinni, arte-educadora do projeto, em busca de atores mirins para figuração. Pietro foi um dos indicados, mas os rumos mudaram após a direção vê-lo em cena.
Katlyn conta que a atitude do filho no set, vivendo tudo com diversão, chamou a atenção dos olheiros que o escalaram para viver o filho de uma das protagonistas da série. As cenas em que ele aparece já foram gravadas e a série ainda não tem previsão de estreia.
“Eu ainda não tenho a noção do quanto isso foi marcante para nós. Acho que só vou acreditar quando assistir a série e ver o meu filho em tela, foi muito emocionante. Mesmo muito novo ele se encaixa em qualquer ambiente e isso vai ser muito positivo para ele”, disse a mãe.
Jovem e empolgado, Pietro ainda pratica futebol, jiu-jítsu e outras atividades que o deixam sempre ativo. Mesmo ainda cedo para definir a carreira, a família está disposta a apoiá-lo.
“Toda essa história nos motivou e queremos que ele continue no teatro, aprenda mais e faça o que deixá-lo feliz. Se essas pessoas que trabalham com isso perceberam algo nele, significa que ele pode ter algo especial como ator”, completou a mãe.
Foz Fazendo Arte
Conforme relembra a professora, foram quatro crianças selecionadas como opções para a série, todas elas eram alunas do projeto e só iniciaram no teatro por conta das oficinas gratuitas.
“Eu fui um fruto de projetos sociais, algo muito escasso no passado. Para termos oportunidades era preciso ir aos grandes centros, mas agora nós temos casos como esse que apresentam outra realidade. Todas essas atividades do Foz Fazendo Arte não servem apenas para revelar artistas, mas para desenvolver essas crianças com uma outra metodologia que será positiva no futuro”, afirmou Sandra.
Para a coordenadora do projeto, Fabiana Zelinski, o orgulho pela escalação de um fruto do projeto apenas reforça a importância de projetos como o Foz Fazendo Arte nas comunidades iguaçuenses.
“Para muitas pessoas esse contato com a arte poderia não acontecer, então quando levamos essas oportunidades até os bairros proporcionamos uma mudança necessária. A arte deve ser assim, acessível a todos e pronta para formar interessados”, concluiu.