Com o objetivo de desenvolver nos jovens noções de protagonismo e autonomia, estudantes de 47 escolas da rede estadual do Paraná terão aulas de empreendedorismo a partir do próximo ano letivo. A disciplina prevê educação empreendedora, ética profissional, trabalho em equipe e cooperativismo. A carga horária da matéria será de duas horas semanais.
No primeiro momento as aulas serão dirigidas a alunos do 6° ao 9° ano de instituições de Ensino Fundamental Integral, que já possuem carga horária ampliada – são 45 aulas por semana em vez de 25, como nos demais colégios.
O superintendente da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte, Raph Gomes Alves, explica que se trata de uma disciplina antenada ao mundo contemporâneo, que exige novas habilidades e auxilia no desenvolvimento dos estudantes enquanto cidadãos de direito.
““Quando se fala em empreendedorismo, não se fala apenas de empreender em um negócio próprio. É ser empreendedor na vida. É ser protagonista e não um sujeito passivo””, diz Alvez. ““Quanto mais as pessoas tiverem acesso a essa postura empreendedora e de protagonismo e autonomia, mais estaremos contribuindo para um futuro melhor””.
Os professores selecionados serão do próprio quadro funcional da escola, indicados pelas equipes gestoras das instituições com base em instrução normativa a ser expedida pela secretaria. Os docentes, que devem se destacar em termos de proatividade, passarão por formação específica para a disciplina.
REFERENCIAL CURRICULAR – A inclusão da nova matéria está em consonância às competências previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e ao Referencial Curricular do Paraná, que definem um conjunto de aprendizagens e competências que todos os estudantes devem desenvolver em sua trajetória escolar.
Na BNCC foram estabelecidas dez competências: conhecimento; pensamento científico, crítico e criativo; repertório cultural; comunicação; cultura digital; trabalho e projeto de vida; argumentação; autoconhecimento e autocuidado; empatia e cooperação; responsabilidade e cidadania.
Como as escolas em tempo integral contam com carga horária expandida, não haverá qualquer tipo de substituição de disciplinas da matriz curricular tradicional pela de empreendedorismo. A partir dos resultados alcançados na fase piloto, a secretaria estudará como ampliar a inclusão da aula nas demais escolas.