A APP-Sindicato iniciou a distribuição da versão atualizada da cartilha “Minha Aula é Antirracista?” nas escolas da rede pública estadual do Paraná. O material tem como objetivo proporcionar orientação a educadores e diretores sobre como implementar uma educação antirracista.
Lançada em novembro de 2024, a primeira edição da cartilha esgotou rapidamente. Em resposta à alta demanda, a nova edição foi elaborada em formato zine, que combina uma cartilha com um cartaz para ser exposto em mural ou sala de aula.
“Essa cartilha é importante para levar a informação até professores e estudantes, para que tenhamos uma sociedade antirracista de fato,” enfatiza Celina Wotcoski, Secretária de Promoção da Igualdade Racial e Combate ao Racismo da APP.
Leia também
A cartilha contém cinco dicas essenciais para educadores antirracistas:
- Admitir o racismo na estrutura social.
- Conhecer as leis sobre racismo e suas manifestações na escola.
- Agir para superar o racismo.
- Envolver a comunidade escolar no processo.
- Compartilhar boas práticas antirracistas.
Celina ressalta a importância de discutir o tema ao longo do ano: “Não basta tratarmos desse tema apenas em novembro, quando acontece o mês da consciência negra.”
Cecília Rocha, estudante do Colégio Estadual Vicente Rijo, em Londrina, defende que a educação antirracista deve incluir a valorização da memória histórica. “A valorização da história é primordial, pois as contribuições africanas são frequentemente ocultadas nas escolas,” afirma a jovem, que é militante do Coletivo negro Dona Vilma Yá Mukumbi.
A nova versão da cartilha integra tecnologias, incluindo QR Codes que levam a uma página com vídeos, artigos e orientações para implementar as leis 10.639/03 e 11.645/2008, que tornam obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena.
A APP-Sindicato disponibiliza ainda conteúdos selecionados para auxiliar docentes e gestores na construção de uma educação antirracista. Confira as sugestões acessando este link.