A Fiocruz Paraná, que está comemorando 25 anos de atuação no estado, foi homenageada nesta segunda-feira (4) pela Assembleia Legislativa, em reconhecimento ao seu relevante trabalho dedicado à promoção da saúde pública. O evento, iniciativa da deputada Maria Victoria (PP), 2ª secretária da Casa Legislativa, contou com as presenças do diretor da Fiocruz Paraná, Stenio Perdigão Fragoso, e de colaboradores da instituição.
“A história da Fiocruz Paraná é um motivo de orgulho para todos nós”, afirmou Maria Victoria, ao entregar um diploma de Menção Honrosa ao diretor da instituição. Segundo ela, desde sua fundação no Paraná a Fiocruz atua de forma destacada na promoção da saúde, geração e propagação do conhecimento científico e tecnológico, visando combater os grandes problemas de saúde pública brasileira em função das prioridades do Sistema Único de Saúde (SUS). A parlamentar destacou que a “Fiocruz Paraná se consolidou nessas mais de duas décadas anos como parâmetro na inovação, pesquisa e promoção de saúde pública de qualidade com contribuições científicas de relevância nacional e internacional”.
Conforme Maria Victoria, “os avanços em saúde, inovação em diagnósticos e no desenvolvimento de vacinas são frutos do trabalho de alto nível da diretoria, dos técnicos e de todos os colaboradores da entidade”. A deputada citou ainda que, recentemente, teve a oportunidade de propor um projeto de lei com o objetivo de incluir exames genéticos de detecção do câncer de mama na rede pública de saúde do Paraná. “O projeto ainda está em análise nesta Assembleia, mas tenho a plena convicção de que, com o apoio e o conhecimento da Fiocruz Paraná, podemos implementar essa iniciativa que vai ajudar a salvar vidas”, frisou. Ela destacou, igualmente, a importância dos estudos feitos pelos especialistas do instituto sobre doenças raras, por meio de sequenciamento genético de nova geração e pesquisa genômica.
O diretor Stenio Perdigão Fragoso, um dos fundadores da unidade paranaense, agradeceu a homenagem, aprovada por unanimidade pelo Parlamento estadual, e ressaltou a trajetória da instituição desde a instalação da unidade na Capital paranaense. “É uma parceria bastante frutífera, em diversas áreas, especialmente, no desenvolvimento de ações que priorizam fortalecer a saúde da população”, observou. Na ocasião, ele enfatizou os desafios e as conquistas vivenciados ao longo dos anos, reforçando o compromisso contínuo com a inovação e a excelência na saúde pública. Fragoso também falou sobre a importância da unidade paranaense no contexto nacional, mencionando as colaborações estratégicas com outras instituições de pesquisa e saúde. O diretor da instituição enalteceu o papel fundamental da Assembleia, que com suas ações tem contribuído para bem-estar e qualidade de vida da população.
Para o diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Celso Kloss, que enalteceu o trabalho da Fiocruz, a relação de longa data que envolvem as duas instituições só tem se fortalecido. Tecpar e Fiocruz são parceiros em vários projetos, especialmente, na produção de insumos para vacinas e de produtos biotecnológicos de nova geração. Já Maria das Graças Rojas Soto, vice-diretora de Ensino e Comunicação da Fiocruz, fez questão de avaliar de forma positiva a atuação do estado paranaense neste setor. “O Paraná é um estado inovador, bem atuante, sempre preocupado com o bem-estar da sociedade”, pontuou.
Marcaram presença na cerimônia, que aconteceu na Assembleia, Jorge Calado, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes); Major Luciano José Buski, assessor da diretoria-geral, neste ano representando o Secretário de Estado da Segurança Pública, Coronel Hudson Leôncio Teixeira; e o professor Ricardo Rocha, assessora na Coordenadoria de Ciência, tecnologia e Ensino Superior (SETI), representando o Secretário Aldo Bona, entre outras autoridades.
Pesquisas e fabricação de vacinas
Promover a saúde e o desenvolvimento social, gerar e difundir conhecimento científico e tecnológico, ser um agente da cidadania. Estes são os conceitos que pautam a atuação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, a mais destacada instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina. A Fundação está instalada em 10 estados e conta com um escritório em Maputo, Capital de Moçambique, na África.
Além dos institutos sediados no Rio de Janeiro, a Fiocruz tem unidades nas regiões Nordeste, Norte, Sudeste e Sul do Brasil. A partir de seus projetos de ampliação, foram criadas bases para a institucionalização de unidades – escritórios – no Ceará, Mato Grosso do Sul, Piauí e Rondônia. Ao todo, são 16 unidades técnico-científicas, voltadas para ensino, pesquisa, inovação, assistência, desenvolvimento tecnológico e extensão no âmbito da saúde. Há ainda uma unidade técnica de apoio, atuante na produção de animais de laboratório e derivados de animais. As quatro unidades técnico-administrativas são dedicadas ao gerenciamento físico da Fundação, às suas operações comerciais e à gestão econômico-financeira.
Unidade funciona na CIC
Em Curitiba, a unidade da Fiocruz Paraná está localizada no campus do Tecpar na Cidade Industrial (CIC), e foi oficialmente instituída em 1999, com a criação do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) em parceria com o Governo estadual. Composta inicialmente por quatro pesquisadores da Fiocruz, a equipe tinha como missão fortalecer a pesquisa científica no estado, com foco em problemas de saúde locais. Em 2009, o IBMP transformou-se no Instituto Carlos Chagas (ICC), uma unidade técnico-científica da Fiocruz na região Sul, alinhada ao projeto de expansão da instituição para diversas partes do Brasil.
Hoje, o ICC conta com 400 colaboradores e é reconhecido por sua infraestrutura moderna e tecnologias avançadas, contribuindo significativamente para o desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e o bem-estar da população brasileira. A Fiocruz Paraná é responsável pelo desenvolvimento de pesquisas, a prestação de serviços hospitalares e ambulatoriais, a fabricação de vacinas, medicamentos, reagentes e kits de diagnóstico, o ensino e a formação de recursos humanos, a informação e a comunicação em saúde, ciência e tecnologia, o controle de qualidade de produtos e serviços e a implementação de programas sociais.