Os trabalhadores do transporte coletivo de Foz do Iguaçu aguardam até esta sexta-feira (04) uma manifestação das empresas do Consórcio Sorriso para a regularização de salários e vales atrasados. A categoria irá promover, a partir das 20h na sede do Sindicato, uma assembleia que pode definir pela paralisação na terça-feira (08). Menos da metade dos ônibus que rodavam antes da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) operam atualmente.
O indicativo de greve para logo após o feriado da Independência do Brasil foi decidido em assembleia no dia 10 de agosto, informou o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Foz do Iguaçu (Sitrofi). Desde então, a representação da categoria negocia com os empresários.
Na pauta, além dos pagamentos e vales atrasados, está a recontratação de funcionários demitidos nos primeiros meses da pandemia. “Achamos prudente marcar uma assembleia na próxima sexta-feira (hoje), antes da greve, caso haja uma proposta para ser analisada e os trabalhadores decidirem se aceitam ou entram em greve”, disse o presidente do Sitrofi, Rodrigo Andrade de Souza.
O número de veículos em circulação atualmente é menor que 50% do total que operava o serviço até o mês de março, informa o diretor-superintendente do Instituto de Transporte e Trânsito (Foztrans), Fernando Maraninchi. “Antes da pandemia eram 135 ônibus que circulavam pela cidade. Agora são 57, mais nove que começaram a rodar a partir de hoje (ontem)”, ressaltou.
Os veículos a mais, que entraram em circulação segundo Maraninchi, são para o retorno de linhas que estavam paralisadas desde o início da pandemia (Alto da Boa Vista e Aparecidinha, ambos bairros na área rural de Foz do Iguaçu) e extra nos bairros Morumbi e Vila C. O serviço também voltou a funcionar até a meia noite e meia, como estabelece decreto municipal.
O superintendente do Foztrans disse que está ciente da possibilidade de uma paralisação da categoria na próxima semana. “Dia 8. Sim. Está previsto”, afirmou. De acordo com Maraninchi, na negociação que a empresa faz com os trabalhadores, o município não tem ingerência, “não tem como se meter nisto”, ressaltou.
No entanto, ainda de acordo com ele, caso ocorra a greve anunciada já existe um plano emergencial para operar o serviço com vans de turismo e escolares, que estão há meses paralisadas. A alternativa já foi utilizada em outras mobilizações dos trabalhadores durante a pandemia.
Por: GDia
