O presidente da Companhia Paranaense de Saneamento Básico (Sanepar), Claudio Stabile, surpreendeu a todos agora pouco em audiência pública no Salão Nobre da Assembleia Legislativa, para explicar o aumento de 12,13% na tarifa de água e esgoto, que será aplicado a partir do final deste mês.
“Até minha mãe ligou reclamando do aumento da tarifa”, disse Stabile, em evento convocado pelo líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Hussein Bakri.
O reajuste vem provocando polêmicas e muitas críticas ao governador Ratinho Junior. A majoração da tarifa, a maior dos últimos quatro anos, foi aprovada pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do Paraná (Agepar).
O presidente da Agepar, João Vicente Bresolin Araujo, participa da audiência. Os deputados da oposição querem saber dele os motivos para o reajuste tão elevado. Na justificativa, a Agepar acatou os argumentos da Sanepar que era para recompor o valor devido ao congelamento da tarifa de 2005 a 2010, durante o governo Roberto Requião.
Com este novo índice, desde 2015, a conta de água e esgoto acumula reajuste de 50,31% no Paraná. Subiu 5,12% em 2018, 8,53% em 2017, 10,48% em 2016 e 12,5% em 2015 (feito em duas etapas de 6,5% e 6%).
A decisão do reajuste agora em 2019 foi tomada pelo Conselho Diretor da Sanepar. O valor está bem acima do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio de 2018 a abril de 2019, que foi de 4,3%.
Audiência convocada por Hussein Bakri (centro), tem presença do presidente da Agepar (à esquerda) e do presidente da Sanepar (à direita, de braços cruzados)
Porque só a Sanepar tem que ser recompensada pelos anos anteriores? E nós trabalhadores que carrega o pais nas costas não temos direito de ter nem a reposição da inflação correta. Na hora de dar aumento para o trabalhador a inflação é de 4,52 por cento ao ano, mentem e nos enganam, e quando é a vez dos aumentos que beneficiam os ricos a balança tem outro peso. A água Deus da de graça.